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20/04/2021 às 09:34
Casal de labradores completou um ano de vida recentemente e estão em fase final de treinamento para atuar em missões no DF e no Entorno
“Vai, Baruk! ”: os comandos que atualmente ecoam no Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) devem ser ouvidos em breve também em missões oficiais da corporação. Após terem completado recentemente um ano de vida, os labradores Baruk e Delta estão próximos de concluir seu treinamento para integrarem a equipe titular do batalhão.
O casal de cães chegou ao DF há 10 meses, vindos de um canil de Minas Gerais, onde foram selecionados por representantes do GBS. Os filhotes foram doados por uma empresa após dois cães do CBMDF, que participaram do resgate às vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), terem se aposentado.
Desde que chegaram em Brasília, Baruk e Delta começaram a ser treinados para busca e salvamento de vítimas e pessoas desaparecidas em diversos tipos de terreno, como mata, escombros e áreas alagadas (lagos, lagoas e riachos).
De acordo com os militares, é importante adaptar os animais aos mais diversos cenários para que, no momento de uma missão, eles não julguem estranho o terreno em que irão atuar.
O início do treinamento para buscas e salvamentos consiste em brincadeiras simples, como buscar algum brinquedo que é lançado ou fazer o animal procurar o seu tutor.
Com o tempo, as atividades vão ficando mais complexas, com a adição de odores específicos nos objetos lúdicos para estimular a capacidade olfativa dos cães.
Preferencialmente, os cães do CBMDF são labradores, pastores belgas de malinois ou pastores alemães, por serem raças com aptidão física e bom relacionamento com pessoas.
O responsável técnico pelo canil do GBS, sargento Elias Souza, ressalta a diferença que cães treinados fazem em operações de busca e salvamento. “O trabalho de um cão com um condutor agiliza toda uma operação que envolveria, no caso, 20 a 30 bombeiros”, explica.
Atualmente, o grupamento conta com dez animais, entre eles Baruk e Delta, que até dezembro já terão concluído o treinamento e estarão aptos às missões.
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Principal tutora da preparação de Baruk, cabo Keila Leite enumera as qualidades que, segundo ela, farão do labrador um excelente cão de resgate e salvamento.
“Ele não tem medo de nada, é muito focado e ativo, adora brincar e não se distrai quando recebe os comandos”, destaca a militar, uma das que foi até o canil em Minas Gerais selecionar os labradores.
Baruk é macho, pesa 38 quilos e seu nome tem origem hebraica (baruc) e significa “bem-aventurado”, “afortunado”. Delta é fêmea, está com 32 quilos e foi batizada em homenagem ao GBS, quartel que é conhecido entre os bombeiros militares locais como Delta, a quarta letra do alfabeto grego.
Além das missões de resgate e salvamento dentro DF, os cães do GBS também atuam nos municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).