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21/04/2021 às 10:07, atualizado em 21/04/2021 às 13:24
Depois de 14 anos de abandono, museu é reinaugurado com novidades e curiosidades
Um dos presentes do aniversário de 61 anos da capital é a reabertura do Museu de Arte de Brasília (MAB), um importante espaço cultural que estava fechado desde 2007. Vencidos os anos de abandono e as obras para recuperá-lo, o MAB é reaberto pela atual gestão e está de cara nova. Uma cara moderna e adequada às características e apelos da cidade que o abriga.
[Olho texto=”O MAB conta com obras de Tarsila do Amaral, Fayga Ostrower, Solange Escosteguy, Glênio Bianchetti, Fernando Carpaneda, Tomie Ohtake, Darlan Rosa, entre outros” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
O MAB dispõe de aproximadamente 1.300 obras, das quais o museu tem capacidade para expor, ao mesmo tempo, 10% delas. Com a reforma, ele ganhou espaços com dimensões e estruturas únicas no DF. O laboratório para restauro, por exemplo, é o de melhor estrutura em toda a capital.
Ele conta com a sala de quarentena, onde as peças que chegam para o museu passam um tempo para serem observadas. Isto é para o caso delas apresentarem pragas ou até para serem aclimatadas. O sistema de incêndio também é único.
Há ainda uma doca coberta por onde circulam os caminhões com as obras de arte. O local é adequado porque não há desnível entre a altura do caminhão e o piso de entrada, o que facilita o transporte das peças para exibição. Nesse sentido, o MAB dispõe de um alçapão no piso superior para o transporte de obras que necessitam ser guinchadas devido à sua dimensão.
[Olho texto=”O novo MAB é moderno e atende às normas de segurança e acessibilidade e conta com dois elevadores especiais, seja para o transporte de pessoas com deficiência ou de obras de arte” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“No momento em que o país inteiro vive uma crise sanitária desta dimensão, ter o Estado um olhar para a cultura para que ela não seja mais uma vítima do que está acontecendo já é um presente muito grande para o mundo artístico”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
O novo MAB é moderno e atende às normas de segurança e acessibilidade e conta com dois elevadores especiais, seja para o transporte de pessoas com deficiência ou de obras de arte. O espaço também ganhou uma reserva técnica com quase 600 metros, que antes não existia, além de uma sala de triagem para receber e avaliar obras.
Os visitantes também vão contar com uma sala de contemplação, com vista para o jardim e o Lago Paranoá. No novo museu há uma sala de múltiplos usos, onde poderão ser ministrados cursos e workshops.
Passeie pelo novo MAB:
Sustentável, o MAB conta com energia solar e captação de água de chuva para alimentação dos reservatórios pluviais.
Especial em sua estrutura, o acervo do museu também não fica para trás. O MAB conta com obras de Tarsila do Amaral, Fayga Ostrower, Solange Escosteguy, Glênio Bianchetti, Fernando Carpaneda, Tomie Ohtake, Darlan Rosa, entre outros. A primeira exposição vai contar a história de Brasília.
“Não é somente os deuses da cultura que comemoram a reabertura desse museu, toda a classe artística comemora. Ele é o laboratório para desenvolver Brasília em vários segmentos. Ele é um monumento vivo da arte de Brasília”, acrescenta Bartolomeu Rodrigues.
Sobre o MAB
O MAB ocupa uma área privilegiada de 4.800 m² às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, entre a Concha Acústica e o Palácio do Alvorada. Datado de 1960, o edifício teve o projeto estrutural assinado pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo, e o projeto arquitetônico leva o nome de Abel Carnauba Accioly, então funcionário da Novacap.
Inaugurado em 1961, o MAB serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e, veja só, até para um casarão do samba. Somente em 1985 é que ele virou uma galeria com um acervo invejável com milhares de peças.
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As obras passeiam pelas décadas de 50 até os anos 2000. São gravuras, pinturas, desenhos, esculturas, objetos, instalações e fotografias.
As obras expandiram a área construída original e adequaram o prédio a sua finalidade, com instalação de sistema de ar-condicionado em todo o edifício e criação de um laboratório para a restauração das obras de arte, além de outras melhorias, voltadas sobretudo à segurança do acervo e ao recurso a fontes de energia mais ecológicas.