26/04/2021 às 19:29, atualizado em 26/04/2021 às 20:28

Como prevenir e combater a hipertensão arterial

Dia 26 de abril é a data nacional de conscientização sobre a doença, que pode ser silenciosa e deve ser tratada de forma precoce ou sob controle

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença. A hipertensão arterial afeta 32,3% da população adulta de todo o mundo, ou seja, mais de 1 bilhão de pessoas, segundo informa a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

De acordo com a representante da Referência Técnica Distrital (RTD) de Cardiologia da pasta, cardiologista Rosana Costa Oliveira, cerca de metade das pessoas que vivem com a hipertensão desconhece sua condição, o que as coloca em risco de complicações evitáveis como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC), além do risco de morte precoce.

[Olho texto=”Dor de cabeça frequente, tonturas, falta de ar, palpitações e alteração na visão podem ser sinais de alerta para o problema. No entanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante que a mesma seja aferida regularmente” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

“É importante falar sobre a hipertensão porque é uma doença crônica muitas vezes assintomática e muito frequente na população. Além disso, a hipertensão é um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para as doenças cardiovasculares, que são as principais causas de morte e hospitalizações no Brasil e no mundo”, explica.

Acima de 14/9

A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.

Arte: Secretaria de Saúde

Dor de cabeça frequente, tonturas, falta de ar, palpitações e alteração na visão podem ser sinais de alerta para o problema. No entanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante que a mesma seja aferida regularmente.

Qualquer uma das 170 unidades básicas de saúde do DF oferecem o serviço. Se houver necessidade, o paciente será encaminhado para a Atenção Secundária, para atendimentos nos ambulatórios de cardiologia ou para os centros de referência.

[Olho texto=”A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Principais causas

Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até dez anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal  associado a hábitos alimentares não adequados também colabora para o surgimento da hipertensão.

A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros.

Complicações

De acordo com a RTD de Cardiologia, a hipertensão arterial pode causar aumento no risco de doenças cardiovasculares (como IAM, AVC ), doença renal crônica e morte prematura. Causa lesões em órgãos-alvo como coração, cérebro, rins e vasos arteriais.

As complicações nos órgãos-alvo, fatais e não fatais, são:

– Coração: doença arterial coronária (DAC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e morte súbita;
– Cérebro: acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH) e demência;
-Rins: doença renal crônica (DRC), que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica; e
– Sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP).

Prevenção e controle:

– manter o peso adequado com a mudança de hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.

*Com informações da Secretaria de Saúde