27/04/2021 às 19:36, atualizado em 27/04/2021 às 19:48

Prevenir a covid é necessário mesmo após a 2ª dose

Casos e óbitos caem no DF, mas especialistas advertem que é preciso manter os cuidados

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal, o número de casos, internações e óbitos pela doença nos grupos já vacinados tem diminuído consideravelmente. A Secretaria de Saúde registrou queda de 62% nos registros de novos casos de covid-19 em idosos com 75 anos ou mais, comparando os meses de março e abril de 2021. Quando se refere ao número de óbitos, a queda foi de 87%, considerando o mesmo período.

“A covid-19 é uma doença nova e as vacinas disponíveis continuam em evolução. Por isso, é importante que as pessoas continuem mantendo o distanciamento social, usando máscara, lavando as mãos e fazendo o uso do álcool gel”, explica  Renata Brandão, gerente de Doenças Imunopreveníveis | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

No entanto, a área técnica de imunização da pasta reforça que, mesmo após as duas doses das vacinas, é necessário manter os cuidados preventivos contra a covid-19.

[Numeralha titulo_grande=”1.448 ” texto=”pessoas que tomaram apenas a primeira dose da vacina contra a covid-19 contraíram a doença antes de tomar a segunda dose” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Hoje, todas as vacinas que temos disponíveis no Calendário Básico Nacional objetivam a diminuição de casos, principalmente graves, e de óbitos daquelas determinadas doenças; e com a vacina contra a covid-19 não é diferente. Infelizmente, mesmo após vacinado, há chances de a pessoa contrair a doença. Por exemplo, a eficácia geral da CoronaVac é em torno de 50% e a proteção é de 78% para casos graves”, explica a gerente de Doenças Imunopreveníveis, Renata Brandão.

De acordo com a gerente, “um dos principais fatores que podem levar uma pessoa vacinada a contrair a doença de maneira mais severa é se ela tiver alguma comorbidade”. Renata conclui: “A covid-19 é uma doença ainda nova e as vacinas disponíveis continuam em evolução. Por isso, é de suma importância que as pessoas continuem mantendo o distanciamento social, usando máscara, lavando as mãos e fazendo o uso do álcool gel. Há estudos em andamento, inclusive, que já falam sobre a possibilidade de uma terceira dose da vacina para atingir maior grau de imunidade”.

Imunidade

[Numeralha titulo_grande=”547″ texto=”pessoas que tomaram a segunda dose manifestaram a doença” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A imunidade da vacina contra a covid-19 divulgada pelos fabricantes é alcançada 14 dias após a aplicação da segunda dose.

Dados levantados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do DF (Cievs/SVS) apontam que 1.448 pessoas que tomaram apenas a primeira dose da vacina contra a covid-19 contraíram a doença antes de tomar a segunda dose.

Das pessoas que tomaram as duas doses, 547 tiveram covid-19 algum tempo após a imunização. Desse total de 1.995 pessoas infectadas após a aplicação da vacina, apenas 325 casos precisaram de hospitalização.

Em relação aos óbitos, dez pessoas que tomaram as duas doses da vacina faleceram após complicações da doença, todos com comorbidades. Somente uma pessoa tinha idade entre 50 a 59 anos. Os outros nove óbitos são de pessoas de 80 anos ou mais.

Outras 142 pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina evoluíram ao óbito após contrair a doença. Desse total, 122 tinham comorbidades. Um paciente com idade entre 60 a 69 anos, 31 óbitos entre 70 a 79 anos e 110 mortes em maiores de 80 anos.

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“Atualmente o DF tem 411 mil pessoas vacinadas com a primeira dose e 225 mil com as duas doses. Diante disso, o número de casos e óbitos ocorridos, mesmo após a aplicação da primeira ou segunda dose, mostra que o objetivo da vacina tem sido atingido, que é a diminuição dos casos graves e óbitos. Portanto, quem já estiver dentro do grupo a ser vacinado no DF deve procurar uma unidade de saúde e tomar a sua vacina. Importante ainda observar a data para aplicação da segunda dose e não perder o prazo, assim garantindo a completa imunização”, destaca Renata.

*Com informações da Secretaria de Saúde