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10/05/2021 às 17:43, atualizado em 10/05/2021 às 17:46
Todas têm eficácia comprovada e garantem proteção contra a covid-19; por isso, o importante é se imunizar
[Olho texto=”“Nenhuma vacina é melhor que a outra. Todas garantem proteção contra a covid-19” ” assinatura=”Raquel Beviláqua, secretária adjunta de Assistência à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]
AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizer BioNTech? Qual delas é melhor? Devo esperar o local de vacinação ter determinada vacina? Muito se questiona sobre a qualidade e eficácia das três vacinas que previnem a covid-19 e são aplicadas atualmente no Brasil. A Secretaria de Saúde (SES) esclarece que todas possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passaram por testes de qualidade e eficácia quanto ao nível de proteção oferecido contra o novo coronavírus.
A secretária adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua, explica: “Nenhuma vacina é melhor que a outra. O cidadão tem que deixar esse pensamento de lado e se vacinar com a vacina que tem disponível no ponto de vacinação. Todas garantem proteção contra a covid-19; e, conforme temos observado, mês a mês, desde que a campanha de vacinação começou, tivemos uma redução significativa de internações e intubação de pacientes idosos nas UTIs. Essa queda está associada ao processo de vacinação que já contemplou todas as faixas etárias com 60 anos ou mais.”
A secretária enfatiza a campanha lançada esta semana pela SES, Não importa a marca, o importante é vacinar: “Como não temos vacina para todos, é importante que o cidadão que já adquiriu o direito de ser vacinado procure o quanto antes a unidade de vacinação, nos casos de quem tem mais de 60 anos. As pessoas com comorbidades precisam se cadastrar no site e agendar a vacinação conforme a abertura de novas vagas. Só assim vamos vencer o coronavírus”.
Segurança e eficácia
A vacina AstraZeneca/Fiocruz tem eficácia de 79% na prevenção da covid-19, em casos sintomáticos, e 100% de eficácia na prevenção de doenças graves e hospitalização. Segundo comunicado da farmacêutica AstraZeneca, a eficácia da vacina foi comprovada em todas as etnias e idades – em participantes com 65 anos ou mais, foi de 80%. Os dados reforçam os estudos clínicos anteriores, realizados em outros países e já publicados em estudos revisados por pares.
A CoronaVac, segundo estudo desenvolvido pelo Instituto Butantan (que fabrica a vacina no Brasil), mostrou eficácia global de até 62,3% quando a segunda dose é aplicada em um intervalo de até 28 dias. Os primeiros estudos revelavam eficácia de 50,38% quando a D2 era aplicada 14 dias após a D1. Além disso, a vacina chinesa tem eficácia que pode variar entre 83,7 e 100% para casos moderados, que exigem assistência médica, mas não chegam a necessitar de internação com cuidados intensivos.
A vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech oferece mais de 95% de proteção contra a covid-19, seja pela infecção pela doença ou internação. Os resultados foram obtidos em um estudo publicado pela revista The Lancet elaborado com base em dados da campanha de vacinação em Israel – país que usou apenas o imunizante Pfizer/BioNTech.
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Disponibilidade na rede pública
A distribuição das vacinas ocorre de acordo com os lotes recebidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). À medida que o DF recebe os imunizantes, eles são disponibilizados, conforme recomendação técnica, para cada ponto de vacinação. A Secretaria de Saúde informou que as vacinas da Pfizer começaram a ser utilizadas nesta segunda-feira (10), em pontos estratégicos localizados em todas as regiões de saúde. O envio aos postos ocorre de maneira programada para evitar possíveis desabastecimentos.
Desde janeiro, as equipes de vacinação têm sido treinadas para preparar e aplicar o imunizante que, diferentemente da AstraZeneca e CoronaVac, não chega na forma líquida. Os frascos contêm um pó liofilizado congelado que precisa ser diluído em uma solução líquida e agitado de forma bem específica e cuidadosa, conforme orienta o fabricante. Após a diluição, os imunobiológicos devem ser utilizados por um período de no máximo seis horas e conservados em temperatura de 2°C a 8°C.
Por fim, a pasta esclarece que as equipes estão preparadas para aplicação do imunizante e reforça que a população procure as unidades independentemente da marca da vacina, não esperando o local ser abastecido por uma determinada marca. Todas cumprem seu papel em oferecer proteção contra a covid-19.
*Com informações da Secretaria de Saúde