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15/05/2021 às 09:41, atualizado em 15/05/2021 às 10:50
Profissão é reconhecida neste sábado (15), no Dia do Assistente Social. Eles são responsáveis por orientar o indivíduo em situação de vulnerabilidade
Identificar, com um olhar sensível, situações de vulnerabilidade de quem chega às unidades de saúde é uma das principais atribuições desempenhadas pelos 49 assistentes sociais do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A importância da categoria é celebrada, neste sábado (15), Dia do Assistente Social.
Eles verificam se o paciente está em situação de desemprego, preconceito, discriminação e até mesmo passando por situações como violência e exploração de trabalho infantil. O serviço é prestado nas oito unidades do Iges-DF: Hospital de Base (HB), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“Vamos até os pacientes para iniciar uma conversa. Assim, identificamos se enfrentam alguma situação de vulnerabilidade social”, explica Lidiany, chefe do Serviço Social do HRSM, ao explicar que, quando é constada alguma intercorrência, inicia-se a fase de orientação dos pacientes.
Identificação dos pacientes
Outra atuação do serviço social é garantir que todos os pacientes sejam identificados e recebam auxílio da família. “Muitos chegam sem documentos ou até mesmo sem saber nome ou contato deles mesmo ou de familiares”, comenta a assistente social da UPA de São Sebastião, Amanda Kelly de Souza.
Um desses casos, vivenciados por ela, foi o de Ronaldo Gonçalves, paciente em situação de rua que chegou na UPA em fevereiro deste ano. A família procurava por ele há mais de dois anos e graças à atuação da equipe do serviço social, a mãe, Edite Francisca da Silva, conseguiu finalmente encontrá-lo.
“Inicialmente recorremos à Polícia Civil para identificar e depois conseguimos um contato telefônico do irmão dele, registrado em uma clínica psiquiátrica onde Ronaldo esteve internado no passado”, relata Amanda.
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A equipe do serviço social também é responsável por passar informações sobre sepultamento social, em caso de famílias que acabaram de perder um ente e não conseguem pagar pelos custos do funeral. “A nossa profissão é um desafio, porque conhecemos muitas histórias tristes e difíceis. Mas a gente sempre tenta dar o nosso melhor e buscar o mínimo de direito para todas essas pessoas”, declara Amanda.
Os pacientes dos hospitais também podem ser encaminhados para o serviço social via solicitação médica e da enfermagem. “Toda a nossa atuação é pautada na informação ao cidadão para que ele tenha acesso aos seus direitos”, conta a assistente social.
“Também contamos com uma rede de apoio dos centros de referência de todos os estados, como Conselho Tutelar e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e de abrigos, que ajudam a pessoa a se reinserir na sociedade, após a internação com segurança”, acrescenta.
No caso do HB, devido ao estado grave de saúde dos pacientes, as informações, sobre os pacientes normalmente são repassadas pelos familiares e responsáveis. “A família nos ajuda a traçar um perfil desses pacientes e identificar possíveis casos de vulnerabilidade”, explica o chefe do Serviço Social do HB, Randerson Neves.
Impacto da pandemia
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Com a pandemia da covid-19, o contato presencial entre os assistentes sociais e familiares passou a ser feito via telefone. “O objetivo era evitar o deslocamento deles até o hospital e prevenir contra o vírus”, explica o chefe do HB.
Devido à alta demanda na ala de covid-19, os profissionais do serviço social também passaram a ajudar na atualização dos contatos de familiares. “Atuamos juntos com a equipe da psicologia na descoberta dos números de telefone da família, para passar aos médicos, que são os responsáveis por levar o quadro de saúde dos internados”, finalizou Randerson.