18/05/2021 às 15:03

Saúde amplia atendimento a pacientes com disfunção miccional

Problema geralmente é causado por lesão traumática raquimedular, disfunções neurogênicas e envelhecimento

Por Agência Brasília* I Edição: Carolina Jardon

[Olho texto=”O cateterismo vesical é um método de esvaziamento periódico da bexiga realizado pela introdução de um cateter (sonda) via uretral até a bexiga; esse procedimento é feito pelo próprio paciente ou seu cuidador” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A Secretaria de Saúde (SES) está ampliando o atendimento a pacientes que sofrem de disfunção miccional. A pasta, que já dispõe do protocolo de atendimento ao usuário com necessidade de cateterismo vesical intermitente, agora vai otimizar o atendimento a usuários que apresentarem complicações relacionadas ao procedimento. Os cidadãos que necessitam do serviço são encaminhados para atendimento em um dos ambulatórios existentes da rede pública de saúde.

O cateterismo vesical é um método de esvaziamento periódico da bexiga realizado pela introdução de um cateter (sonda) via uretral até a bexiga, em procedimento feito pelo próprio paciente ou seu cuidador. Muitas vezes, pacientes que praticam o autocateterismo podem apresentar complicações, como estenose de uretra, sangramento, infecção urinária de repetição ou quadro de tetraplegia que dificulta a técnica correta.

Os ambulatórios da rede pública são compostos por enfermeiros capacitados para avaliação, orientação, cadastro, acompanhamento e fornecimento da nova tecnologia adquirida pela Secretaria de Saúde.

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O acesso aos ambulatórios se dá por meio das unidades básicas de saúde (UBSs) ou de outros ambulatórios em que os profissionais de saúde avaliam a necessidade de encaminhamento para o serviço de referência. No início de 2020, a pasta adquiriu novos cateteres hidrofílicos, produto que facilita o autocateterismo em pacientes com algum tipo de disfunção no processo urinário.

O cateter hidrofílico já vem pronto para uso e reduz o risco de complicações relacionadas ao procedimento realizado pelo próprio paciente ou seu cuidador. “Isso foi um ganho muito grande, principalmente para os pacientes tetraplégicos, pacientes que têm estenose e quadros de infecção de repetição. Esperamos, ao final da pandemia, avançar nos os atendimentos em disfunção miccional”, afirma o enfermeiro Ronivaldo Pinto, da Gerência de Serviços de Enfermagem.

Para o atendimento aos pacientes com as complicações relacionadas ao cateterismo vesical intermitente, a rede de saúde conta com oito ambulatórios de referência. Confira, na arte abaixo, os locais.

Mesmo durante a pandemia, a pasta continua regulando o fluxo de atendimentos aos pacientes estomizados, que são aqueles submetidos a uma abertura cirúrgica no abdômen com a finalidade de abrir um novo trajeto para a saída de fezes e urina. O paciente é submetido a uma estomia de eliminação quando desenvolve um câncer ou tumor intestinal, ou sofre algum trauma abdominal que demande um desvio do trânsito intestinal.

[Numeralha titulo_grande=”1,8 mil ” texto=”pacientes estomizados estão cadastrados na rede pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

Já a urostomia é a construção de um novo caminho para saída da urina, por meio da exteriorização dos condutos urinários pela parede abdominal. Nos procedimentos de colostomia ou ileostomia, a exteriorização do intestino delgado ou grosso é feita através da parede abdominal, para eliminação de gases e fezes.

“O usuário com algum desses tipos de estoma precisa do cuidado básico em manter sua eliminação de fezes, de urina ou ambas, com dispositivos adequados e que aderem à parede abdominal, prevenindo irritações na pele, complicações do estoma, distorção da imagem corporal e mantendo o convívio social e familiar; e, para ajudar nessa adaptação, temos os serviços de enfermagem nos ambulatórios de referência”, explica Ronivaldo.

Atualmente, 1,8 mil pacientes estomizados estão cadastrados na rede pública do DF. Para atender os casos de estomias de eliminação, a Secretaria de Saúde tem 16 tipos de bolsas padronizadas na rede, entre adultas, pediátricas e neonatais.

A SES também conta com nove tipos de produtos adjuvantes ao tratamento: cintos, pó e pasta para proteção de pele e sistema de irrigação, entre outros, visando à melhor adaptação da funcionalidade do paciente.

Atualmente, a pasta conta com 12 ambulatórios de referência neste tratamento, além do ambulatório do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), destinado aos pacientes menores de 13 anos.


Também foi iniciado o atendimento aos pacientes com estomias alimentares (gastrostomia, jejunostomia) no ambulatório de estomias do Centro Especializado em Reabilitação (CER) de Taguatinga. Todos profissionais de saúde que se atenderem algum paciente com os critérios descritos acima devem encaminhá-los aos ambulatórios de enfermagem referência de cada região de saúde.

* Com informações da Secretaria de Saúde