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15/06/2021 às 14:16, atualizado em 15/06/2021 às 17:01
‘Turismo em Ação’ visita parques ecológicos Asa Delta e Península Sul, que oferecem espaços para voo livre, esportes náuticos, caminhadas e ciclismo
O Parque Ecológico do Anfiteatro Natural do Lago Sul, mais conhecido como Asa Delta, possui um morro artificial construído na década de 1980. Utilizado para aprendizado e prática das modalidades de voo livre, tanto asa delta quanto parapente, o local foi um dos pontos visitados no circuito itinerante do programa Turismo em Ação, criado pela Secretaria de Turismo (Setur) para mapear e dar visibilidade a atrações turísticas de Brasília e das regiões administrativas do Distrito Federal.
A unidade é administrada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e está interligada ao Parque Península Sul. Ambos possuem cerca de 6,5 km de trilhas. O espaço também é bastante procurado para a prática de caminhadas, corridas e esportes náuticos, como pesca, pedal e remo, pois oferece fácil acesso à margem do Lago Paranoá.
Características semelhantes também são encontradas no Parque Ecológico Península Sul, onde é comum a presença de visitantes praticando esportes náuticos – como kitesurf, stand up paddle e remo – e usando suas ciclovias para caminhadas e ciclismo.
Cidade atrativa
Frequentador assíduo do Parque Asa Delta, Franklin Wilson, que atua na área de turismo, parabenizou a iniciativa da Setur de mapear os pontos turísticos das regiões administrativas. “Brasília precisava disso, pois são muito importantes as iniciativas do poder público que visem dar visibilidade e promover locais que proporcionam lazer, esporte e contemplação a todos os moradores ou visitantes da cidade”, elogiou.
“O turismo é o futuro, o PIB do nosso país”, pontuou. “Brasília tem muita coisa boa; basta vir aqui, fazer a caminhada cedo e verá resultados fantásticos. Daqui a pouco, todos estarão vacinados e poderão viver tudo o que o país tem de melhor. Eu saio da Asa Sul e venho fazer essa caminhada todo dia. Convido todas as pessoas de Brasília e adjacências a virem conhecer, caminhar… Vale a pena fazer exercícios e ver que a cidade está linda!”
[Olho texto=”“Foi uma enorme emoção quando saí do Vale do Paranã e voei até aqui vendo o Lago Paranoá, os monumentos e essa paisagem sem igual” ” assinatura=”Ana Glécia Chaves, instrutora de parapente no Parque Asa Delta” esquerda_direita_centro=”direita”]
O proprietário da Escola de Voo Livre, Ricardo Ortega, admitiu que escolheu o lugar para decolar negócios. Ele reconhece que o morrote construído nos anos 1980 é ideal para o ensino inicial das modalidades de asa delta e parapente, além da localização privilegiada, e que por ali já se formaram formou alguns campeões.
“Esse morro foi muito importante para que fossem revelados esses pilotos do Brasil e do mundo, e não é só importante para o voo livre, mas também para todas as pessoas que vêm aqui para caminhar, andar de bicicleta, correr, fazer triatlo e contemplar essa paisagem maravilhosa que o lugar oferece”, declarou.
Na mesma linha segue Ana Glécia Chaves, que saiu do Rio de Janeiro há quatro anos e desembarcou em Brasília. Na capital fluminense, ela fazia voo duplo de parapente no Morro da Gávea. Atualmente, a carioca é instrutora no Parque Asa Delta e tem dez alunos com aulas às quartas e sextas-feiras e aos sábados e domingos.
“Como diz a música do Renato Russo [Faroeste Caboclo], essa cidade é linda!”, comemora ela. “Foi uma enorme emoção quando saí do Vale do Paranã e voei até aqui vendo o Lago Paranoá, os monumentos e essa paisagem sem igual. Estou feliz aqui e não quero voltar para o Rio.”
Parque das Copaíbas
[Olho texto=”“É um parque para que os turistas venham conhecer o cerrado, nosso bioma, sem ter que sair da cidade” ” assinatura=”Rejane Pieratti, superintendente da Gestão de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Outra atração importante no Lago Norte é o Parque das Copaíbas. Localizado entre a QI 26 e a 28 do Lago Sul, o local pertence à Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá e é administrado pelo Instituto Brasília Ambiental. A APA tem, ao todo, 73 hectares e abriga nascentes e o Córrego das Antas, que deságua no Lago Paranoá.
A superintendente de Gestão de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, informou que a vocação do Parque das Copaíbas é receber trilheiros, que dispõem de 4,2 km de trilha ecológica e rústica. “É um parque para que os turistas venham conhecer o cerrado, nosso bioma, sem ter que sair da cidade”, recomendou. “É um lugar maravilhoso para as pessoas virem com suas famílias e conhecerem a nossa biodiversidade”.
Jéssica Lima Garcia e o filho Joseph Benjamin Garcia Axworthy visitaram o parque pela primeira vez em busca de ideias para implementar na propriedade que possuem, próxima ao Paranoá, onde pretendem se dedicar à criação de uma estação de ecoturismo. “As pessoas estão buscando cada vez mais o turismo ecológico e o rural, que proporcione um maior contato com a natureza”, avaliou Jéssica. “Esta trilha é linda, uma opção gratuita e divertida para a família. Brasília é rica em natureza, trilhas, e é importante a gente dar visibilidade a essas opções todas. Chegou a vez de unir turismo, saúde e lazer”.
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Rejane Pieratti informa ainda que uma parte do Arco Brasília dos Caminhos do Planalto Central passa pelo Parque das Copaíbas. Os Caminhos do Planalto Central compreendem um conjunto aproximado de 400 km de trilhas para caminhantes, ciclistas e cavaleiros, com três arcos (Brasília, Cafuringa e Trilha União).
As trilhas ligam regiões de ecoturismo. Os percursos interligam paisagens, unidades de conservação (UCs) e diversos atrativos ambientais, culturais e da história da Planalto Central. Partem ainda de dois pontos de grande interesse ambiental e histórico: a Floresta Nacional de Brasília e a Pedra Fundamental no Morro do Centenário.
*Com informações da Setur