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24/06/2021 às 17:14, atualizado em 24/06/2021 às 17:25
Visita a alunos que vinham faltando às aulas dá início a projeto contra vulnerabilidade social. História é contada no podcast EducaDF
Onde nada parecia florescer, surgiu a esperança. Essa é a constatação da supervisora pedagógica Agda Regina dos Santos, da Escola Classe 215, de Santa Maria. Junto com o diretor da escola, João Paulo, Agda identificou estudantes que não faziam as atividades escolares e resolveu visitá-los.
“Ao chegarmos à casa dos estudantes, de nove e 10 anos de idade, compreendemos porque eles não estavam participando das atividades. A situação era de muita vulnerabilidade social, o saneamento básico estava comprometido, havia infiltração na casa, além de falta de pintura e móveis. Até a higiene era precária”, explica Agda.
A situação exigia uma iniciativa capaz de mudar o contexto em que a família vivia. Surgiu, então, o projeto Beija-flor – referência à fábula onde a empatia vence a desesperança com a participação de todos -, cuja história será contada no episódio desta semana do podcast EducaDF.
[Olho texto=”“Ações entre a escola, família e comunidade geram aprendizados para a vida inteira. Isso mostra o quanto precisamos uns dos outros”” assinatura=”Daniel Bandeira, professor” esquerda_direita_centro=”direita”]
O projeto mostra a mudança ocorrida na precária situação dessa família de Santa Maria a partir da Escola Classe 215, onde os filhos estudam, depois que Agda Regina e João Paulo constataram os motivos de os alunos não estarem participando das atividades escolares.
Professores, gestores, pais de estudantes, alunos e até pessoas de fora da comunidade escolar se uniram para ajudar a família em várias frentes, desde a reforma da casa, à orientação sobre benefícios oferecidos pelo governo, doação de móveis, roupas e utensílios e atendimento médico.
Segundo o professor Daniel Bandeira, iniciativas como essa revelam a ação humana da escola que não se restringe a ensinar. “Ações entre a escola, família e comunidade geram aprendizados para a vida inteira. Isso mostra o quanto precisamos uns dos outros”, destaca o professor.
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De acordo com a psicóloga Sara Nunes, é compreensível que a família tenha perdido todas as expectativas. “Nesta pandemia, as pessoas têm vivenciado perdas e isso contribui para um quadro de desânimo. O sofrimento proveniente do luto, o crescente desemprego e a fragilidade das relações humanas resultam em falta de esperança. Ao se depararem com uma comunidade disposta a ajudá-los, os membros dessa família podem reinventar suas vidas e buscar a concretização dos sonhos, a realização profissional e afetiva”, acredita.
Serviço:
Os interessados em ajudar a família devem entrar em contato com o diretor da escola ou com a supervisora nos seguintes telefones:
*Com informações da Secretaria de Educação