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25/06/2021 às 11:41, atualizado em 25/06/2021 às 12:23
Após período de internação, muitos apresentam alterações funcionais e necessitam de auxílio para retomar atividades do dia a dia
O período de internação hospitalar é apenas uma das etapas do tratamento de pacientes que apresentam complicações decorrentes da covid-19. Após a extubação, muitos apresentam alterações causadas pelo repouso prolongado, como redução da força e resistência muscular, além do comprometimento da mobilidade. Assim, necessitam passar por reabilitação para retomar atividades básicas do dia a dia, como realizar as refeições.
Para auxiliar no processo de recuperação desses pacientes, a terapeuta ocupacional do Hospital de Campanha do Autódromo, Bruna Crystine Batista Nascimento, desenvolveu um kit adaptado para ajudar na alimentação.
“Foi realizada uma avaliação em conjunto com a equipe multidisciplinar, em que a fonoaudiologia e nutrição do hospital partilharam relatos sobre os desafios desses pacientes. A partir disso, foi pensado recursos para auxiliá-los no momento das refeições”, relata.
Depois da retirada da sonda alimentar, os pacientes passam para a alimentação via oral definida pela equipe multidisciplinar. O papel do terapeuta ocupacional é avaliar as funções cognitivas e motoras responsáveis pela realização das atividades cotidianas do paciente. Uma delas é verificar a independência para movimentar os membros superiores e conseguir ingerir os alimentos por conta própria. “Com isso, avalio aspectos da força manual e, quando vejo limitações funcionais, entro com adaptações, treinos e orientações para que possam exercer suas tarefas”, destaca Bruna.
Kit
O kit consiste em engrossador de talheres e adaptador de copo. “Esses utensílios beneficiam os pacientes com déficit de força. As alças nas laterais do copo proporcionam mais segurança ao realizar o movimento de pega do objeto e movimento até a boca. Já o engrossador ajuda a aumentar a espessura dos cabos dos talheres descartáveis e são ajustados de acordo com o arco da mão trazendo mais firmeza para levar o alimento à boca”, explica a terapeuta ocupacional.
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Isso, segundo ela, é também um ponto importante para a autoestima deles, tendo em vista que muitos sentem receio e vergonha ao manusear os objetos, pois ao levar os talheres à boca, por exemplo, os alimentos caíam com mais facilidade. Com o kit, é possível ingerir água e alimentos com mais conforto e independência, impactando positivamente na recuperação.
Os pacientes recebem um treinamento para utilização dos objetos de acordo com sua necessidade e capacidade. Além disso, a equipe passa orientações para correta higienização dos utensílios.
* Com informações da Secretaria e Saúde