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03/07/2021 às 12:48, atualizado em 03/07/2021 às 17:23
Serpentário ganhou aquecedores e os primatas, cobertores. Cada espécie demanda um tipo de cuidado para se manter aquecida
Com temperaturas abaixo dos 10° C registradas, o frio começa a dar as caras no inverno brasiliense. Mas não é só a população que busca um lugarzinho ao sol. A rotina dos animais do Jardim Zoológico de Brasília também muda nessa época do ano. A alimentação reforçada é um dos cuidados, além de novos abrigos que são colocados para garantir o conforto térmico da bicharada.
A reportagem da Agência Brasília visitou o parque e acompanhou o trabalho dos funcionários. O uso de aquecedores térmicos, a criação de novas tocas, o feno para forrar as superfícies e até pequenas mantas são recursos utilizados na atual estação para que o frio não comprometa a saúde dos animais.
[Numeralha titulo_grande=”150kg ” texto=”de feno são utilizados mensalmente para ajudar a manter os animais aquecidos” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os répteis estão entre os animais que não controlam a temperatura do corpo e têm o seu metabolismo reduzido no inverno. No serpentário, 12 aquecedores tomam conta do espaço, e espécies como a jiboia arco-íris e a corn snake ganharam novas tocas que as protegem das baixas temperaturas e permite que continuem a se alimentar. Os aparelhos mantêm a temperatura do ambiente em torno dos 25° C.
“As cobras precisam do calor do ambiente para se aquecer e iniciar suas atividades”, explica o diretor do Setor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do zoo, Carlos Eduardo Nóbrega. “A gente ainda consegue dar uma espreguiçada e fazer um exercício na academia. Já esses bichos precisam primeiro acordar, se aquecer e depois rastejar por um recinto e procurar suas presas.”
[Olho texto=”“Alguns animais gostam de ficar mais entocados ou dormindo. Quando o sol bate nos recintos, eles correm atrás de um pouco de calor” ” assinatura=”Luísa Helena Rocha, superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico” esquerda_direita_centro=”direita”]
Feno e cobertores
O feno, utilizado na alimentação de alguns animais, também se torna um item indispensável na época do frio. É com as chamadas “camas de feno” que se acalentam diferentes espécies, como mamíferos e aves. O zoológico gasta uma média de 150 kg da forragem por mês na estação de baixas temperaturas.
Os macacos e o tamanduá Tarumã agora têm suas casinhas equipadas com o material. A dieta se torna mais calórica para enfrentar a temporada. “Nossos zootecnistas aumentam as calorias da comida, pois esses animais gastam mais energia para manter a temperatura do corpo”, explica o biólogo Thiago Marques. “Também deixamos pequenos cobertores de feltro para os primatas, pois eles os apreciam, assim como humanos”.
Dieta enriquecida
As aves, que costumam eriçar as penas no frio, também carecem de cuidados. São cerca de 250 espécimes no zoológico, e o aviário onde moram ganha barreiras como bambus e folhagens de palmeiras nas telas para segurar o vento. O feno vai para os ninhos. A alimentação, por sua vez, é reforçada com a introdução de castanhas, sementes de girassol, e grãos com maior quantidade de gordura.
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O comportamento dos bichos, naturalmente, muda. “Podemos dizer que ficam mais preguiçosos”, adianta a superintendente de Conservação e Pesquisa da instituição, Luísa Helena Rocha. “Alguns gostam de ficar mais entocados ou dormindo. Quando o sol bate nos recintos, eles correm atrás de um pouco de calor”. Segundo Luísa, no frio, há um tipo de adaptação a ser processada de acordo com a classe do animal.
Aos visitantes do zoo, um casaco é recomendado especialmente no período da tarde. O parque está aberto de terça-feira a domingo e atualmente recebe um limite de 2,5 mil pessoas por dia. O horário de funcionamento é de 9h às 17h, período durante o qual são obrigatórios o uso de máscara e adoção de distanciamento, aproveitando o tamanho do espaço.