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22/07/2021 às 17:45, atualizado em 22/07/2021 às 18:21
Iniciativa tem como objetivo oferecer acolhimento e proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade
O Distrito Federal tem, agora, três repúblicas LGBTQIA+. A primeira foi aberta ainda em maio. As outras duas, nesta semana. São, ao todo, vinte vagas para pessoas em situação de vulnerabilidade desse público. A localização das casas não é revelada para garantir a privacidade e a segurança dos beneficiados.
“Esse serviço oferece proteção para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, em risco pessoal, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados”, explica a gerente do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Diversidade, Árina Costa. A unidade é a que referencia institucionalmente as pessoas acolhidas.
Desde o início da pandemia da covid-19, o Creas Diversidade e o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) fizeram cerca de 1,4 mil atendimentos de pessoas LGBTQIA+. Para Árina Costa, o aumento do número mostra o impacto socioeconômico da disseminação do vírus nessa comunidade.
Independentemente do aumento da demanda gerado pela pandemia, a abertura das repúblicas era uma demanda antiga. “Essas casas têm como principal objetivo gerar autonomia e promover o protagonismo de quem mora lá”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social substituta, Ana Paula Marra.
[Olho texto=”“Essas casas têm como principal objetivo gerar autonomia e promover o protagonismo de quem mora lá”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária substituta de Assistência Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O papel do Estado é ofertar a estrutura necessária e fazer a gestão, em parceria com o Instituto Ipês – instituição parceira da Sedes –, das unidades. O asseio, as tarefas e a organização cotidiana do espaço são de responsabilidade das pessoas residentes. “É um estilo muito parecido com uma república estudantil”, explica a coordenadora das equipes técnicas das repúblicas LGBTQIA+ do DF, Ludymilla Santiago.
Apesar de a primeira república ter sido aberta há menos de três meses, já há resultados. “A maioria está trabalhando, e conseguiu o emprego depois de entrar na república”, conta a gestora.
Como chegar às repúblicas?
O Creas Diversidade e o Seas recebem as demandas encaminhadas por instituições parceiras ou diretamente, pelo e-mail centrodadiversidade@sedes.df.gov.br. As únicas exigências é ter idade acima de 18 anos e se enquadrar no público atendido. As pessoas interessadas podem enviar mensagem eletrônica com a descrição da sua necessidade e um telefone para contato.
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Após a análise técnica, os beneficiários podem morar em uma das três repúblicas pelo período de até um ano. Paralelamente, são incluídos em outros programas sociais, como o DF Sem Miséria e o Cartão Prato Cheio, de acordo com a situação social.
Em cada residência, o instituto Ipês está com equipe específica com quatro profissionais para prestar assistência psicossocial aos moradores. O objetivo é que cada beneficiário possa alcançar sua autonomia e integração social.
*Com informações da Sedes