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22/07/2021 às 17:25, atualizado em 22/07/2021 às 18:28
Emissora ganha novo software e contrato de manutenção
[Olho texto=”“É uma emissora pública de importância fundamental na formação cultural da cidade” ” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”]
Há 33 anos no ar, a Rádio Cultura FM, que vinha operando com equipamentos obsoletos, vai ganhar cara nova graças a investimentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que gerencia a emissora. Só neste primeiro momento, serão destinados R$ 462 mil, sendo R$ 168 mil para atualização do software e R$ 294 mil para manutenção preventiva.
Na última terça-feira (20), as equipes da rádio puderam operar no novo software, que vai alterar padrões como qualidade de som e programação musical elaborada. Havia nove anos que esse equipamento não era trocado, provocando um envelhecimento tecnológico que deixou a emissora vulnerável. Diante do técnico Leandro Torres, os programadores Flávia Aguiar, Daniel Mafra e Helena Cusinato aprenderam os detalhes para operar o software.
Ouvinte e fã incondicional da Rádio Cultura, o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues, é um dos mais entusiasmados com essa reforma na emissora, que, operando 24 horas por dia, é conhecida por transmitir uma programação de qualidade, com informação e boa música, a ouvintes do Distrito Federal e Entorno. “É uma emissora pública de importância fundamental na formação cultural da cidade”, avalia o gestor. “Muitos artistas de Brasília que fizeram sucesso nacional apareceram pela primeira vez na 100,9.”
Foi o caso de Ellen Oléria, que ouviu uma música de sua autoria tocar pela primeira vez na Cultura, quando fazia o trajeto Ceilândia-Plano Piloto, e da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, que fez graça no estúdio muito antes de lotar estádios e ginásios de norte a sul do país.
Novos conteúdos
[Olho texto=”“Enquanto a rádio envelheceu, o digital chegou e mudou toda a configuração, tanto que levamos o sinal para a web”” assinatura=”Walter Silveira, diretor da Rádio Cultura FM” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Neste momento, a Rádio Cultura segue com um edital para voluntários que queiram propor e apresentar novos conteúdos para a programação. “O edital de voluntários visa dinamizar a programação da Rádio Cultura, envolvendo os agentes culturais, reforçando o caráter público da rádio, a pluralidade e a diversidade cultural, aspectos que têm caracterizado esta gestão da Secec”, destaca o diretor da emissora, Walter Silveira.
Com transmissor que foi recuperado em 2019, operando com 8KW, potência mais que suficiente para cobrir todo o DF e Entorno, a Rádio Cultura entra em fase de modernização. Quem comanda esse projeto é Walter Silveira, que, quando assumiu a emissora, também em 2019, diz ter encontrado muita precariedade – a começar pela falta de uma equipe de manutenção.
Entre outros problemas, lembra o gestor, havia operadores e locutores de som trabalhando dentro de um elevador destinado a pessoas com dificuldades de locomoção. Isso na época da reforma do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), quando a rádio foi transferida para a biblioteca e os locutores sofriam com a acústica deficiente.
“Enquanto a rádio envelheceu, o digital chegou e mudou toda a configuração, tanto que levamos o sinal para a web”, conta o diretor. “Em seu histórico, temos um grande investimento para a inauguração da Rádio Cultura; e, nas décadas seguintes, a aquisição de equipamentos ficou a desejar, só havendo recurso, quando muito, para substituição por desgaste de uso.”
Equipamentos
A reestruturação da Rádio Cultura é um processo que compreende, além da virada tecnológica, aquisição de mobiliários, suporte e capacitação de mão de obra. A Secec acaba de celebrar um contrato de manutenção técnica preventiva para a emissora. Em setembro, serão adquiridos novos equipamentos para os estúdios, como microfones, caixas de som, mesas de áudio e mobiliário adequado para a redação, estúdios e salas de administração, produção e diretoria.
Há ainda um processo de contratação de locutores e operadores e um chamamento de servidores do GDF nas áreas de radiodifusão e jornalismo para recomposição funcional do veículo. Entre os servidores, a nova fase da Rádio Cultura provoca um misto de entusiasmo e alívio.
Um dos responsáveis pela programação, Daniel Mafra aponta que essa renovação tecnológica põe a emissora apta a escoar a produção musical feita no DF em alta potência. “A sensação é de que agora poderemos executar o trabalho bem feito no compromisso de uma rádio pública do Distrito Federal”, avalia.
Da área de jornalismo, Flávia Camarano conta que o sucateamento tecnológico da emissora provocou não só a interrupção da programação, como também a perda de acervos preciosos. O sistema defasado, lembra, travava constantemente e derrubava a automação do estúdio, silenciando a Rádio Cultura. “Muitas vezes, só permanecemos no ar graças à mágica da equipe, que se virava para não interromper a programação”, relata.
Nita Queiroz, que produz o elogiado Descomplica Cultura, é uma das que estampam a Rádio Cultura no peito. Para resumir a relação com a emissora, lembra-se de um trecho da música Carta de Amor, interpretada por Maria Bethânia. “Sou como uma haste fina que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta.”
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Uma história de sucesso
A Rádio Cultura foi criada em 1988, tendo sua primeira transmissão realizada do Anexo do Palácio do Buriti, onde ficavam localizados os estúdios e transmissores. Depois o estúdio foi transferido para o Teatro Nacional, onde permaneceu até o final de 2010, mudando para uma estrutura mais adequada no primeiro andar ou mezanino do Espaço Cultural 508 Sul.
Como meio de comunicação pública, a emissora tem por objetivo prestar serviços informativos, artísticos, educativos e culturais à comunidade e garantir a pluralidade e a diversidade cultural do Distrito Federal. Os transmissores da rádio continuam operando do Anexo do Buriti, irradiando numa potência de 8KW. O sinal alcança todo o DF e também o Entorno.
A programação da Cultura FM alinha um conteúdo produzido pelos profissionais da emissora e a veiculação de programas colaborativos que dialoguem com perspectiva de pluralidade e diversidade. O objetivo é difundir, irradiar e produzir cultura, educação, cidadania, entretenimento, informação de qualidade e prestação de serviços, buscando atingir um público cada vez mais amplo da sociedade.
Na grade de programação da emissora estão produções de cunho local, nacional e internacional, programação jornalística, apoio cultural, spots educativos, entrevistas com artistas e produtores, além de programas colaborativos, veiculados gratuitamente.
“Tudo que está sendo feito é para adequar a rádio tecnológica e operacionalmente, no intuito de chegarmos ao conteúdo”, resume Walter Silveira. “Nossa meta é interagir com a sociedade, oferecendo com qualidade aquilo que culturalmente é produzido pelos brasilienses; e, claro, a música é um patrimônio considerável de Brasília.”
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa