27/07/2021 às 14:23, atualizado em 27/07/2021 às 14:24

Mil pessoas por trás do mutirão da vacinação

Sucesso da imunização de 138 mil cidadãos em três dias reuniu o esforço e dedicação de servidores, colaboradores e voluntários

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ROSUALDO RODRIGUES

O mutirão de vacinação contra a covid-19 que ocorreu no último fim de semana bateu recordes no quantitativo de vacinados: 138 mil pessoas em apenas três dias. Para que isso fosse possível, a Secretaria de Saúde (SES) mobilizou cerca de mil servidores, colaboradores e voluntários na organização da imunização em cerca de cem pontos, entre unidades básicas de saúde (UBSs) e pontos de drive-thru.

Para a técnica de enfermagem Patrícia Bastos, da UBS 1 da Candangolândia, fazer parte do mutirão foi gratificante: “Percebemos que é um momento de extrema importância, que mexe com nosso emocional” | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde

Para o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, as equipes fizeram um excelente trabalho. “Foram quase mil servidores empenhados e dedicados integralmente ao mutirão de vacinação nesses três dias, contando também com os parceiros da Secretaria de Saúde e os voluntários que tanto nos ajudam”, disse.

[Olho texto=”“Todos cooperaram para evitar muita demora e filas. Foi um trabalho em equipe que deu muito certo, e ninguém saiu daqui sem se vacinar”” assinatura=”Alexandre Augusto da Silva, supervisor da UBS 2 da Asa Norte” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Na avaliação do coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno, esse mutirão deixou claro que o Distrito Federal tem uma grande capacidade estratégica de vacinar. “O DF tem a capacidade de ser dinâmico como a campanha de vacinação exige, trabalhando incessantemente mesmo diante de incertezas”, avalia.

“Hoje só temos vacinas para D2 nos postos de vacinação, não temos mais D1. Para seguir com a vacinação, temos que esperar chegar mais doses”, ressalta Damasceno.

Para o sucesso do mutirão, a Atenção Primária expandiu o número de pontos de vacinação, redirecionando todo o esforço da campanha de prevenção à influenza e da sala de rotina para conseguir aumentar o número máximo de servidores. Além disso, houve a participação, nos três dias, de um total de 560 voluntários, que foram essenciais para as atividades.

“Com a demanda espontânea, a população podia se vacinar perto de casa, facilitando o acesso à vacina daqueles que por algum motivo não estavam conseguindo agendar. Vale ressaltar que o trabalho e o empenho dos servidores foi de extrema importância”, afirma Damasceno.

Para a técnica de enfermagem Patrícia Bastos, lotada na UBS 1 da Candangolândia, fazer parte desse mutirão foi algo gratificante. Segundo ela, sexta-feira foi o dia de maior demanda; somente na unidade em que ela trabalha, foram aplicadas quase mil doses.

[Numeralha titulo_grande=”138.807″ texto=”doses foram aplicadas em três dias” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Nossa intenção é vacinar toda a população, e poder participar desse momento é muito bacana. Percebemos que é um momento de extrema importância, que mexe com nosso emocional. Há vários casos de pessoas que perderam o pai ou a mãe por causa da covid e choram emocionados por estarem se vacinando. Então, isso mexe com a gente”, revela.

Colega de Patrícia no dia a dia, Liliana da Silva destaca que a sensação de dever cumprido é imensa. Ela lembra que a UBS 1 da Candangolândia teve uma grande procura, mas, graças ao esforço conjunto, tudo correu bem. “Mantivemos a organização e com isso, não houve grandes filas. Mesmo com a grande procura, conseguimos atender todo mundo rapidamente”, conta.


Zaida Maria Almeida, enfermeira da UBS 2 da Asa Norte: “Vejo que estou contribuindo para a cura e sei que dessa forma, em breve, poderemos estar livres dessa doença”

O supervisor da UBS 2 da Asa Norte, Alexandre Augusto da Silva, afirma que ser profissional da saúde neste momento é gratificante. “O movimento foi muito intenso, mas o comprometimento dos servidores foi excepcional para que tudo desse certo. Todos cooperaram para evitar muita demora e filas. Foi um trabalho em equipe que deu muito certo e ninguém saiu daqui sem se vacinar”, afirma.

Zaida Maria Almeida é enfermeira da UBS 2 da Asa Norte e conta que, apesar do trabalho intenso, desde o início da pandemia, principalmente no mutirão, se sente bem aplicando as vacinas contra covid-19. “Vejo que estou contribuindo para a cura e sei que desta forma, em breve, poderemos estar livres dessa doença”, diz.

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Números do mutirão

Em três dias, a Secretaria de Saúde aplicou 138.807 doses, sendo a maioria como D1, com 112.610 vacinados. Com a dose de reforço, foram imunizadas 23.767 pessoas; com a dose única, 2.430.

Na sexta-feira, foram vacinadas 60.473 pessoas com a primeira dose, 16.213 com a segunda e 236 com a dose única da Janssen. No sábado, foram 38.547 D1 aplicadas, além de 4.003 D2 e 466 doses únicas. No domingo, 13.590 pessoas iniciaram o esquema vacinal com a D1, 3.551 completaram o ciclo e 1.728 se imunizaram com a dose única.

*Com informações da Secretaria de Saúde