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13/08/2021 às 12:29
Setur instala placa indicativa de rota turística no local onde Renato Russo e Fê Lemos se encontraram para fundar a banda Aborto Elétrico
Foi em clima de saudade e celebração que a Secretaria de Turismo (Setur) inaugurou, na quinta-feira (11), a placa Colina – Onde Tudo Começou. A homenagem, situada no Bloco A da Colina da Universidade de Brasília (UnB), sinaliza um dos 40 pontos da Rota Brasília Capital do Rock, criada pela Setur para se agregar às ações de incentivo à atividade turística na capital federal. A iniciativa tem curadoria de Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da banda Plebe Rude, um dos destaques dos anos de mais atividade do rock brasiliense.
[Olho texto=”“O governador Ibaneis Rocha tem dado todas as condições para fazer essas homenagens ao rock de Brasília” ” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”]
Foi na Colina, onde moravam os professores da Universidade de Brasília (UnB), que Renato Russo e Felipe Lemos se encontraram, em 1978, para montar a banda de rock Aborto Elétrico. Ali eles também conheceram Toninho Maia, que frequentava a quadra para jogar bola ao lado do irmão mais velho, conhecido como Tio Jorge. Recentemente falecido por complicações decorrentes da covid-19, Toninho, que havia construído carreira como guitarrista de jazz e produtor musical, foi homenageado durante a inauguração da placa.
“Nós temos muita história para contar desse lugar aqui”, reforçou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. Ela agradeceu o apoio e parceria do secretário de Economia, André Clemente, que encampou a parceria com a Setur para tornar viável a Rota Brasília Capital do Rock, e ao governador Ibaneis Rocha – que, conforme ressaltou, “tem dado todas as condições para fazer essas homenagens ao rock de Brasília”.
A Setur convidou um grupo de agentes de viagem, representantes de operadoras de turismo, guias especializados, jornalistas e influenciadores digitais para um minitour que percorreu pontos como a 508 Sul, onde as bandas se apresentavam na Feira de Música nos anos 1980, e a Upis (712/912 Sul), onde está montada uma exposição com fotos, discos, instrumentos, cartazes de shows e até Disco de Ouro dos artistas que construíram a história do rock brasiliense.
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Presente à inauguração da placa, o irmão de Toninho Maia, disse que estava emocionado e lembro de como ele e o irmão tiveram o primeiro contato com os roqueiros, ali, de baixo do Bloco A da Colina. “Nós vínhamos da 408 Norte para cá jogar bola com eles”, lembrou Tio Jorge. “O Toninho tinha 15 anos e tocava guitarra. Eles foram para o rock e o Toninho para o jazz, mas depois eles se reencontraram no Edifício Radiocenter, onde o Toninho tinha o estúdio de gravação, o Artemanha, e também a banda de jazz, que era ao lado da sala de ensaio da Plebe Rude, Escola de Escândalos e Legião Urbana”.
Momento histórico
Guia turística e moradora de Brasília, Eliana Barbosa participou da inauguração da placa da Colina e disse acreditar que a cidade merece reviver esses tempos: “Tudo isso precisa ser reforçado, pois, com o passar dos anos, Brasília foi miscigenando os estilos e perdendo a origem, o princípio, os primeiros anos, as primeiras gerações da cidade e o que eles produziram”, avaliou.
[Olho texto=”“O turista hoje quer isso, o turismo de experiência, vivenciar as coisas que a cidade tem, sair daquele tradicional de ver só os monumentos” ” assinatura=”Leonardo José Brandt, professor de Turismo da Upis” esquerda_direita_centro=”direita”]
Também presente à inauguração, o diretor musical do clube do Choro, Henrique Neto, endossou a fala de Eliana: “Eu acho fundamental [essa iniciativa], porque registra esse momento histórico e cultural da cidade e traz um novo significado aos espaços que estamos habituados a ver. Então, é um resgate cultural fundamental para quem quer conhecer Brasília por esse viés mais artístico, mais cultural”.
Outra pessoa a saudar a iniciativa da Setur foi a empresária Gabriela Wiederman, que, durante a solenidade de inauguração da placa da Colina, resumiu: “Brasília não é só o Congresso, Brasília não é só isso; Brasília é isso aqui, isso aqui é o nosso âmago, nosso coração”.
O professor de Turismo da Upis Leonardo José Brandt avalia que a atividade turística deve valorizar o que é importante na cidade, resgatar a sua história. “O turista hoje quer isso, o turismo de experiência, vivenciar as coisas que a cidade tem, sair daquele tradicional de ver só os monumentos”, pontuou.
“Brasília tem várias rotas para a gente visitar, não só a do rock – mas, especificamente sobre a Rota do Rock, eu estou muito orgulhoso e sei que dá para crescer muito mais”, avaliou o professor. “A inauguração das placas é o início de uma série de produções associadas ao turismo, como o museu definitivo, souvenirs… Enfim, podemos fazer muitas coisas.”
*Com informações da Secretaria de Turismo