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03/09/2021 às 19:49, atualizado em 03/09/2021 às 19:53
Hospital faz mudanças e pretende dobrar a quantidade de cirurgias infantis realizadas por semana
O Hospital Materno Infantil de Brasília Dr. Antônio Lisboa (Hmib) começou, nesta sexta-feira (3), uma força-tarefa de cirurgias pediátricas para reduzir a fila de espera por procedimentos na área de otorrinolaringologia, que está com cerca de 1,5 mil crianças aguardando na fila. Com as mudanças realizadas na unidade, será possível ampliar as cirurgias infantis de seis a nove, atualmente, para 12 a 15 por semana.
O secretário de Saúde, general Pafiadache, ressaltou que esse “é mais um passo que estamos dando com o objetivo de ampliar as cirurgias e reduzir filas na rede pública de saúde”. Ele lembrou que esse é o compromisso firmado com o governador Ibaneis Rocha e com a população do Distrito Federal “quando recebemos essa missão de buscar soluções para os problemas da saúde pública, de forma que a população seja beneficiada com um serviço eficiente, ágil e seguro para todos”.
A diretora-geral do Hmib, Andreia Araújo, lembrou que “assumimos o compromisso de realizar todas as cirurgias infantis da área de otorrinolaringologia, pois temos médicos otorrinolaringologistas. Fizemos uma mobilização e esforço de toda a equipe e vamos conseguir aumentar de três para cinco os espaços para a realização desse tipo de cirurgia”. Ela destacou que, “antes fazíamos cerca de seis a nove procedimentos por semana, agora esse número vai subir para uma média de 12 a 15 cirurgias, reduzindo essa fila de espera”.
[Olho texto=”“É mais um passo que estamos dando com o objetivo de ampliar as cirurgias e reduzir filas na rede pública de saúde”” assinatura=”General Pafiadache, secretário de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]
De acordo com a gestora do hospital, as salas do centro cirúrgico destinadas para as cirurgias da especialidade de otorrinolaringologia funcionavam somente três vezes na semana e, com a ampliação, as salas abrirão de segunda a sexta-feira.
Andreia ainda estuda a possibilidade de liberar trabalho por período definido (TPD) para realizar procedimentos cirúrgicos eletivos de otorrino nos fins de semana, tendo em vista que o terceiro turno (noturno) não é interessante, já que as crianças precisariam passar o dia inteiro em jejum e o melhor horário para operá-las, geralmente, é no início da manhã ou da tarde.
“A Central de Regulação do DF nos ajuda enviando a lista de pacientes da otorrinolaringologia com antecedência, para que dê tempo de a equipe médica entrar em contato com as famílias, estipulando o prazo de 15 dias para se preparar o procedimento. Muitas vezes, acontece de as mães levarem os filhos gripados ou resfriados e a cirurgia não pode ser realizada. Nestes casos, essa criança volta para a fila novamente”, informa.
[Olho texto=”A expectativa é zerar a fila até o início de 2022″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Com a ajuda da Central de Regulação, existe maior tranquilidade para os profissionais se programarem e para os pacientes. No entanto, ainda há muitos casos de dificuldade para localizar as crianças por conta de cadastro desatualizado. Por isso, é importante que, havendo mudanças nos telefones ou endereços, alguém da família procure uma unidade básica de saúde para fazer a atualização no sistema.
Segundo Andreia, o objetivo da força-tarefa de cirurgias pediátricas de otorrinolaringologia é reduzir a fila de espera no Distrito Federal. A expectativa é zerar essa fila até o início de 2022, pois são procedimentos cirúrgicos considerados simples, em que a criança pode receber alta hospitalar no mesmo dia ou com 24 horas de pós-operatório. Além disso, o Hmib possui leitos de retaguarda e boas condições de aumentar as salas do centro cirúrgico.
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“O centro cirúrgico do Hmib é referência na rede em emergência de cirurgia pediátrica e de endometriose profunda. Além disso, realizamos cirurgias de mastologia, ginecológicas e de reprodução humana que não podem parar porque a demanda é bem alta. Então, temos que fazer esse esforço conjunto com a equipe para que, além destas cirurgias, a gente consiga fazer as pediátricas de otorrino”, esclarece.
Para a diretora-geral, esta força-tarefa proporcionará um ganho substancial. Além disso, a residência médica precisa de todas as especialidades em funcionamento para a formação de profissionais qualificados.
*Com informações da Secretaria de Saúde