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14/09/2021 às 18:35, atualizado em 14/09/2021 às 18:52
Usuários podem conhecer as propriedades nutricionais e receitas com murici, cajuí, guabiroba, baru, araticum e mangaba, entre outros
[Olho texto=”“São alimentos típicos daqui da região que muitas pessoas não conhecem e que são fáceis de encontrar. Incentivar o consumo desses frutos também é uma forma de ajudar os produtores locais”” assinatura=”Nathália Nagib, nutricionista” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Dar a oportunidade de a população conhecer mais sobre a alimentação típica do cerrado e o preparo de receitas com frutos desse bioma predominante aqui no Distrito Federal. Essa é a ideia. Durante todo o mês de setembro, em comemoração ao Mês do Cerrado, todos os 14 restaurantes comunitários estarão disponibilizando material educativo para os frequentadores.
Isso é feito por meio de murais preparados pelas equipes de cada unidade e um vídeo explicando as propriedades de frutos como murici, cajuí, guabiroba, baru, araticum e mangaba, além de dicas simples sobre o preparo desses alimentos em casa, como o pudim de tangerina com guabiroba.
“São alimentos típicos daqui da região que muitas pessoas não conhecem e que são fáceis de encontrar. Incentivar o consumo desses frutos também é uma forma de ajudar os produtores locais”, reitera a gerente regional de Segurança Alimentar e Nutricional de Sobradinho, a nutricionista Nathalia Nagib. “Além disso, são frutos ricos em vitaminas. O pequi, por exemplo, tem vitamina A e betacaroteno”.
Quem frequenta as unidades gerenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aprova a ação. A dona de casa Glória Aparecida Custódio, de 55 anos, conta que, quando criança, costumava comer jatobá, araticum e pequi. “Hoje consumo mais o pequi. A galinhada que é servida aqui, algumas vezes tem; acho maravilhosa. Em casa, gosto de fazer comida com pequi”, conta a frequentadora do Restaurante Comunitário de Sobradinho.
Para quem vem de fora, os murais e o vídeo educativo são uma forma de aproximar o migrante da cultura da região. A venezuelana Noemi Perez de Martins, de 65 anos, por exemplo, mora em Brasília há dois anos e teve a chance de provar alguns desses frutos quando chegou ao DF. “É tudo muito bom. A comida aqui no restaurante é muito variada. Todos os dias, eu e minha família almoçamos aqui”, relata a usuária, que também frequenta a unidade de Sobradinho.
Educação Alimentar e Nutricional
[Olho texto=”“Com essa ação, nós incentivamos o resgate da alimentação regional. O objetivo é reforçar a importância da preservação do cerrado na garantia da segurança alimentar e nutricional”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]
Todo mês, a equipe da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes define um tema nessa área para ser trabalhado com as equipes dos 14 Restaurantes Comunitários. Neste mês, o foco é a alimentação do cerrado.
“Os usuários têm a oportunidade de conhecer alimentos diferentes, como os frutos do cerrado, aprender mais sobre as comidas típicas do bioma. Estamos disponibilizando receitas simples, que podem ser feitas com a família, orientando sobre o preparo. Também é importante reforçar que esses ingredientes podem proporcionar benefícios nutricionais diferenciados”, destaca a diretora de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Dolores Ferreira.
Secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, explica que os restaurantes comunitários, além de oferecer refeições balanceadas e nutricionalmente adequadas, têm a proposta de trabalhar com os usuários a educação alimentar, incentivando uma alimentação saudável dentro de casa.
“A equipe da Sedes elabora, junto com as empresas terceirizadas, um cardápio balanceado que valoriza alimentos locais, da safra, uma forma de apoiar os agricultores do DF. Os frutos do cerrado são ricos em nutrientes e estão no nosso dia a dia. Com essa ação, incentivamos o resgate da alimentação regional. O objetivo é reafirmar a importância da preservação do cerrado na garantia da segurança alimentar e nutricional”, ressalta a gestora.
Semana do Cerrado
Nesta semana, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) está promovendo a Semana do cerrado, com o tema “Cuidar do clima, cuidar da vida”. Por meio de eventos lúdicos focados na educação ambiental, a programação ao longo da semana oferece opções virtuais e presenciais que abordam políticas públicas executadas pela Sema e envolvem áreas como gestão de resíduos e de recursos hídricos, ambiental, territorial e de assuntos estratégicos e combate a incêndios florestais. Órgãos vinculados à Sema, como Brasília Ambiental, Jardim Botânico de Brasília, Zoológico e Adasa, além de parceiros, também estão com programação especial nesta semana.
“Eu tenho dito muito que é preciso conhecer para preservar. Então, para que o cerrado continue a prestar serviços ambientais à sociedade, precisamos difundir, cada vez mais, esses benefícios para que as pessoas possam colaborar e fazer sua parte. Só assim conseguiremos deter o acelerado processo de destruição da vegetação nativa, rica em alimentos e também em matéria-prima para a produção de medicamentos”, reforça o secretário do Meio Ambiente, José Sarney Filho.
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“Na coordenação da Frente Parlamentar Ambientalista, nas duas gestões à frente do Ministério do Meio Ambiente e agora na Sema-DF, sempre estimulamos, por meio de encontros e seminários, o consumo de produtos do cerrado pelos restaurantes, que são grandes parceiros nesse esforço”, conclui o secretário.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF