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21/09/2021 às 19:10, atualizado em 21/09/2021 às 19:25
Cerca de mil pessoas cuidam da manutenção das mais de 5 milhões de árvores da região. Nesta terça (21), novas mudas foram plantadas
[Olho texto=”“É um momento para a gente refletir sobre todo esse benefício que a arborização da cidade nos oferece, entre eles o clima. Imagina como seria nossa cidade sem as árvores, um clima de deserto”” assinatura=”Raimundo Oliveira Silva, chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”]
Desde o surgimento de Brasília, um projeto de arborização tem embelezado o lugar com todo seu esplendor verde, proporcionando conforto ambiental, inspirando a paisagem local, enchendo os gramados e as áreas urbanas de sombras, enfim, purificando o ar e melhorando a umidade. Com a chegada da primavera, o Distrito Federal logo logo vai enverdecer de vida.
“O Dia da Árvore é tão importante como o Dia do Índio, como as demais comemorações”, destaca o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Raimundo Oliveira Silva. “É um momento para a gente refletir sobre todo esse benefício que a arborização da cidade nos oferece, entre eles o clima. Imagina como seria nossa cidade sem as árvores, um clima de deserto”, observa.
E aqui, no nosso quadradinho de mais de cinco mil quilômetros quadrados, elas são abundantes e exuberantes. São cerca de 5 milhões de árvores plantadas de mais de 100 mil espécies. A maioria delas é nativa do cerrado, ou seja, ipês, flamboyants, palmeiras, pequis, quaresmeiras, abacateiros, mangueiras, sapucaias, além daquelas exóticas e adaptáveis ao calor e seca do DF.
[Numeralha titulo_grande=”5 milhões” texto=”de árvores de mais de 100 mil espécies estão plantadas no quadradinho de 5 mil km² do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Segundo o arquiteto urbanista, José Humberto Vieira da Silva, há 10 anos na área de paisagismo, elas funcionam, estrategicamente, no combate ao aquecimento global, reduzindo as “ilhas de calor urbano”, influenciando no comportamento e bem-estar das pessoas, aliadas ao bem-estar.
“Brasília é chamada de cidade-parque e tem a singularidade de ser única, com a expressividade traçada pelo seu criador Lúcio Costa”, diz o especialista. “A presença das árvores nas áreas verdes livres de Brasília, com espécies resistentes e com florações expressivas, qualifica os espaços com sombras nas praças, parques e cinturões verdes que contornam edifícios e residências, trazendo benefícios como a redução de temperatura, absorção de poluentes”, diz.
Para fazer a manutenção desse imenso patrimônio verde, são necessários mais de mil trabalhadores, direta e indireta, que cuidam desde o plantio, passando pelos serviços de poda, roçagem, vistorias técnicas, e até erradicação, caso haja necessidade. Só este ano, até o momento, foram quase 80 mil tipos de intervenções diárias de manutenção. A expectativa é que esse número ultrapasse a marca dos 100 mil atendimentos. “Fazemos essas manutenções preventivas contínuas, 365 dias por ano”, conta Raimundo Silva, da Novacap. “Independente de demandas da população, temos os nossos técnicos, que vistoriam as áreas verdes, diariamente”, detalha.
Preservando símbolos
Os trabalhos de manutenção e assistência realizados pela equipe do Departamento de Parques e Jardinagens da Novacap são pontuais e têm feito diferença no dia a dia da cidade. Dois exemplos são sintomáticos. Vítima de um ataque de vandalismo, em 1992, mutilado por vários golpes de machado, o buriti que fica em frente à sede do Executivo local, quase veio à lona.
Hoje, esse símbolo da cidade se mantém de pé graças a dois cabos de aço. “Fomos lá, instituímos as partes lesionadas e fazemos uma vigilância para manter aquela espécie preservada até o último momento”, conta Raimundo Silva, da DPJ da Novacap.
[Olho texto=”“Hoje a nossa produção dos viveiros da Novacap estabelece que sejam coletadas as sementes e produzidas para o plantio no DF cerca de 70% de árvores nativas”” assinatura=”Leonardo Rangel da Costa, engenheiro florestal da Novacap” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O mesmo fim não teve um belo flamboyant que existia em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Após anos lutando contra fungos que tomaram conta do tronco, a árvore não resistiu e tombou no início deste mês de setembro. A perda dessa bela espécie frondosa de folhas fortemente ruivas teve efeito similar à partida de um paciente.
“Como ele estava bastante deficiente, com podridão em tudo, a indicação técnica era de que fosse erradicado”, conta o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap. “Mas nós levamos este flamboyant até o último instante, a cada 30, 60 dias a Novacap fazia a vistoria na árvore, aplicava defensivos, fertilizantes, tentando mantê-lo ao máximo, mas ele não aguentou”, lamenta.
Projeto de plantio
Norteados por um programa de arborização anual, colocado em prática entre outubro – quando começa o período chuvoso -, até o mês de abril do ano seguinte, os Viveiros I e II da Novacap, têm como meta de plantio de 100 mil espécies entre árvores, palmeiras e arbustos.
“Hoje a nossa produção dos viveiros da Novacap estabelece que sejam coletadas as sementes e produzidas para o plantio no DF cerca de 70% de árvores nativas”, explica o engenheiro florestal da Novacap, Leonardo Rangel da Costa. “Os 30 % restantes são de plantas exóticas que se adaptaram muito bem e têm crescimento, ciclo de vida, prolongados”, continua.
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Para celebrar data tão importante para natureza, 20 reeducandos do projeto Mãos Dadas, da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), realizam, nesta terça-feira (21), o plantio de 50 mudas de ipês-amarelos e roxos nas áreas das unidades prisionais e também nas regiões administrativas do Cruzeiro e Sudoeste. “Agradeço à Novacap e o GDF pelo apoio e por acreditarem na nossa maior missão que é a de transformar vidas e contribuir com um DF Mais Seguro”, disse o secretário da Seape, Geraldo Nugoli.