23/09/2021 às 16:48, atualizado em 23/09/2021 às 19:14

Atletas do Compete Brasília ganham mais medalhas

Evento ocorreu em São Paulo com a participação de dez esportistas beneficiados pelo programa do GDF

Por Agência Brasília * I Edição: Carolina Jardon

Dentro do clima dos Jogos Universitários Brasileiros, que ocorrem de 10 a 18 de outubro na capital federal, outro importante campeonato dentro do universo estudantil aconteceu em setembro: as Paralimpíadas Universitárias 2021. Do Distrito Federal, o Compete Brasília, programa da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), promoveu a participação de dez esportistas, que retornaram com bons resultados, nesse evento que marcou o início de um novo ciclo paralímpico. 

Pela natação paralímpica, Élcio Cunha Pimenta Júnior, que participa também do programa Bolsa Atleta, alcançou grandes resultados. O jovem, que compete pela Classe S 11 (com deficiência visual), levou três medalhas de ouro nos 50 metros livre, 100 metros livre e 100 metros borboleta, sendo que nesta última, conseguiu sua melhor marca pessoal, ao finalizar a prova em 1:38.37. “Agradeço a minha família, ao meu técnico pela parceria de sempre, aos meus apoiadores e parceiros e todos os amigos que torceram e vibraram com meus resultados, muito obrigado”, agradeceu.

Atleta-guia Halley, corredor paralímpico Matheus, atleta-guia Leonardo e corredor paralímpico, Igor da Silva | Foto: divulgação Secretaria de Esportes

Ainda na natação, mais quatros beneficiados do Bolsa Atleta medalharam no evento. Giulia Gabriele Alves de Oliveira, da Classe S8 (limitações físico-motoras), conquistou três medalhas de prata, nos 50m livre, 100m borboleta e 100m livre. Claudio Irineu da Silva Junior, da Classe S10 (limitações físico-motoras), ficou com a terceira colocação nos 100m livre e a quinta nos 50m livre.

Gabriel Koga Mota, da Classe S9 (limitações físico-motoras), levou o segundo nos 100m peito e terceiro nos 100m livre. João Pedro Sales Bispo, da Classe S7 (limitações físico-motoras) conseguiu três terceiros lugares nos 100m costas, 50m livre e 100m livre. No parabadminton, pela Classe WH2 (cadeiras de rodas), na categoria simples feminino, a brasiliense Aline de Oliveira Cabral ficou em segundo lugar.

Atletismo

Nesta semana, O Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres), responsável pela gestão pedagógica do Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Estrutural levou para a SEL os dois corredores, da Classe T11 (deficiência visual), Matheus Pereira Silva e Igor Nunes Miranda da Silva, acompanhados de seus respectivos atletas-guias Halley Pereira Cunha e Leonardo Willrich Padilha Padovany, onde foram homenageados pelas recentes conquistas em São Paulo. Ambos treinam na unidade esportiva da Estrutural.

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Matheus brilhou nas Paralimpíadas Universitárias, onde conseguiu duas pratas, nos 100m e 400m, além do quarto nos 200m. Antes de encontrar a parceria com o Halley em 2012, ele nadava na Universidade Católica, por um projeto que atendia pessoas com deficiência, quando foi questionado se havia interesse em arriscar os primeiros passos no atletismo.

Aceitou e não parou mais e chegou a bater recordes em edições passadas das Paralimpíadas Escolares. Agora o foco é treinar para as próximas competições. “Meu objetivo é treinar para pegar índices internacionais”, disse o corredor.

Já Igor Nunes Miranda da Silva passou por todos os lugares do pódio neste torneio: primeiro nos 400m, segundo nos 200m e terceiro nos 100m. A parceria com Leonardo é recente, assim como a sua escalada no atletismo, que começou há três meses. “Eu percebi que era uma forma, para nós que temos deficiência visual, voltar a se sentir livre, dá uma sensação imensa de liberdade. Geralmente nós ficamos muito refém de ter auxílio de outras pessoas. Auxílio que é positivo, claro. Mas não há como descrever a sensação da corrida”, avalia.

* Com informações da Secretaria de Esportes