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24/09/2021 às 17:35
Em oito meses, rede de proteção social do DF atendeu 294.973 pessoas, o que representa 73.137 a mais do que o total do ano passado
De janeiro a agosto deste ano, a rede de proteção social do Distrito Federal realizou 294.973 atendimentos. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), nesses oito meses, foram 73.137 registros a mais que em todo o ano de 2020, quando foram realizados 221.836 atendimentos.
[Olho texto=”“A proteção social é sim uma das áreas prioritárias do GDF e nós vamos continuar atuando para que nossa rede socioassistencial seja cada vez mais fortalecida”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A rede de proteção social do DF inclui 29 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), 12 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro Pop) e as seis unidades de execução direta da Sedes, além das Organizações da Sociedade Civil (OSC) que prestam o serviço.
“O ano de 2020 foi marcado pelo auge da pandemia da covid-19 e pelo atendimento remoto. Ainda assim, nossos serviços não pararam, mantivemos o acompanhamento das famílias e criamos novos benefícios, como o Cartão Prato Cheio”, explica a subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves.
“Neste ano, implementamos o novo sistema on-line para dar prioridade às famílias em maior situação de vulnerabilidade, evitar filas e garantir segurança no atendimento presencial para usuários e servidores. A meta, desde o início, é atender a demanda reprimida”, acrescenta.
De janeiro a agosto, foram atendidas, no total, 108.813 famílias nos Cras e Creas. Em todo ano de 2020, foram 121.675. Dados da Sedes mostram que, somente nos Cras, que são as unidades da Proteção Social Básica, em dois meses – julho e agosto – foram realizados 60.899 atendimentos. Os Cras são responsáveis pelo primeiro atendimento socioassistencial às famílias em risco social para a concessão de benefícios sociais.
A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, pontua que houve um esforço concentrado dos servidores nesses dois meses, o que dobrou o número de atendimentos, além da contratação dos novos servidores aprovados no concurso público.
[Numeralha titulo_grande=”108.813″ texto=”famílias foram atendidas nos Cras e Creas, de janeiro a agosto deste ano” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“Nossa média mensal gira em torno de 15 mil atendimentos. Ou seja, em dois meses, seriam cerca de 30 mil registros. Foram mais de 60 mil em julho e agosto. Nossos servidores fizeram um esforço concentrado nesses dois meses para garantir a proteção social das pessoas em vulnerabilidade”, ressalta a secretária.
De acordo com Mayara Noronha Rocha, “foi feita uma avaliação da fila de pessoas que aguardam atendimentos nos Cras e, a partir disso, os servidores dos territórios se organizaram para receber as pessoas que aguardavam atendimento há mais tempo.”
A gestora explica que até o momento foram nomeados cerca de 500 novos servidores, ampliando em 40% o quadro de profissionais da Sedes: “Esses novos servidores chegaram para reforçar o trabalho de enfrentamento à pandemia na garantia de direitos da população”.
“A proteção social é sim uma das áreas prioritárias do GDF e nós vamos continuar atuando para que nossa rede socioassistencial seja cada vez mais fortalecida, prova disso foram as inaugurações dos Cras Sol Nascente e Cras Recanto das Emas II”, explica Mayara Rocha.
De acordo com os dados da Subsecretaria de Assistência Social, foram 40.459 famílias atendidas nesses dois meses: 16.378 benefícios eventuais concedidos, entre eles, auxílio natalidade, auxílio por morte e auxílio em situações de vulnerabilidade, e 27.224 inclusões no Programa Prato Cheio, além das 18.981 cestas de alimentos concedidas em caráter excepcional.
A gestora reitera que, com a pandemia da covid-19, houve um aumento expressivo de pessoas em vulnerabilidade social que necessitam do suporte do Estado.
“Vale lembrar que o atendimento socioassistencial não é rápido. Os profissionais fazem uma escuta qualificada com cada usuário para avaliar, identificar as demandas e dar o suporte que a família precisa”, destaca Mayara Rocha
Além da concessão de benefícios, os profissionais dos Cras orientam as famílias em risco social e pessoas em situação de rua sobre acesso a direitos, atuam na prevenção de diversos tipos de violência e fazem inscrição e atualização do Cadastro Único. “Foram mais de 9 mil atendimentos para o Cadastro Único em julho e agosto”, enfatiza a secretária.
[Olho texto=”Devido à pandemia da covid-19 e à necessidade de distanciamento social, os atendimentos nas unidades socioassistenciais estão sendo feitos com hora marcada, por solicitação on-line” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Uma das medidas tomadas para aumentar os atendimentos foram os mutirões, a exemplo de uma ação realizada recentemente em parceria entre o Cras P Sul e o Cras Sol Nascente para inscrição e atualização dos dados no Cadastro Único com foco na concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O BPC é o benefício concedido a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social inscritos no Cadastro Único, que, no Distrito Federal, é gerenciado pela Sedes. Foram realizados 49 atendimentos somente no último sábado para famílias das duas regiões administrativas.
Fila dinâmica
A coordenadora da Proteção Social Básica da Sedes, Nathalia Eliza de Freitas, destaca que, após os atendimentos concentrados, foi feita uma nova análise da lista de pessoas que aguardam atendimentos no Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Com base nesse levantamento, a partir deste mês, estão sendo priorizadas as famílias que ainda não tiveram nenhum tipo de atendimento da assistência social em 2021.
“Com esse estudo identificamos que, até o dia 31 de agosto, apenas 46.822 pessoas que estão na lista de espera não tiveram nenhum tipo de atendimento em 2021. Ou seja, como a fila é dinâmica, muitas pessoas que já foram atendidas já se colocaram na fila normalmente. Assim podemos considerar que apenas 25% do total da fila é que é, de fato, uma demanda reprimida”, reforça Nathalia Eliza.
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As demais, segundo a coordenadora, são demanda para assistência social, mas já tiveram acesso a algum tipo de atendimento. “Essa fila é constante e qualquer pessoa pode se inscrever. Por isso, a importância do sistema classificar e priorizar as pessoas que aguardam na fila de acordo com o critério de vulnerabilidade. Esse sistema é fundamental para priorizar o atendimento às famílias que estão em mais risco e situação de vulnerabilidade”, ressalta.
Em razão da pandemia da covid-19 e da necessidade de manter o distanciamento social, os atendimentos nas unidades socioassistenciais estão sendo feitos com hora marcada, após solicitação on-line feita por meio do site da Sedes. O Governo do Distrito Federal (GDF) também reforçou as medidas de proteção dentro das unidades para garantir a segurança de usuários e servidores.
“Todo esse esforço das equipes do Cras mostra o compromisso dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) com a oferta de ações protetivas para a população”, reitera Nathalia Eliza de Freitas.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF