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25/09/2021 às 10:57, atualizado em 26/09/2021 às 11:36
Com a ASP, houve reduções na criminalidade, o que melhorou a qualidade de vida da população; agora, ações vão até dezembro
Implementada para reduzir de forma equilibrada os índices criminais no Distrito Federal, o projeto Área de Segurança Prioritária (ASP) completou, nesta semana, três meses desde que foi lançado na Estrutural, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). A percepção do aumento da sensação de segurança é comprovada pela redução de crimes na região.
Nenhum latrocínio foi registrado durante esse período; e, neste mês, não houve homicídios. Chama a atenção, ainda, a redução dos crimes contra o patrimônio – queda de 23,3% do roubo a pedestres e 61,9% dos roubos a transporte coletivo. Não houve registro de nenhum roubo a residência no período.
Nesta semana, o prazo de execução da ASP na Estrutural, que integra o programa DF Mais Seguro, foi estendido por mais três meses. Com a publicação da extensão do prazo no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o projeto, que tem objetivo de entregar regiões mais organizadas e seguras e proporcionar mais qualidade de vida para à população, ficará até dezembro na região.
[Olho texto=”“A partir do momento em que os criminosos são identificados por meio de investigação e trabalho conjunto das polícias, conseguimos atuar de forma pontual e preventiva, o que resulta na redução de crimes”” assinatura=”Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“Estamos seguindo um cronograma de enfrentamento qualificado à criminalidade, por meio de ações que envolvem todo o sistema de segurança e outros órgãos do Governo do Distrito Federal, direta ou indiretamente, seja por meio das ações de policiamento, seja pela atuação direta nas desordens identificadas previamente na região, como melhoria de iluminação pública e recolhimento de lixo e carcaças”, explica o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo.
“Com o aumento do prazo, daremos sequência aos protocolos e melhorias. Para isso, contamos com o apoio irrestrito do governador Ibaneis Rocha, um entusiasta desse projeto, que tem mudado a realidade da população da Estrutural”, avalia o secretário, para quem as reduções criminais se devem ao aumento de policiamento e à realização de operações.
“A partir do momento em que os criminosos são identificados por meio de investigação e trabalho conjunto das polícias, conseguimos atuar de forma pontual e preventiva, o que, consequentemente, resulta na redução de crimes. Demos início aos protocolos de ações das forças de segurança que incluem, por exemplo, o reajuste do trajeto de viaturas, que está diretamente ligada à sensação de segurança dos moradores”, acrescenta.
O titular da SSP considera ainda que a inauguração da 8ª Delegacia de Polícia, como uma das entregas permanentes da ASP, também contribui para essa estratégia: “Facilita o registro de ocorrência, o que nos permite ter um panorama mais preciso da criminalidade na região. Temos, ainda, a licitação para a construção do novo quartel da Polícia Militar do DF, obra que terá o custo de R$ 7,6 milhões e será construída na entrada da Estrutural”.
[Numeralha titulo_grande=”533″ texto=”visitas a vítimas de violência doméstica foram feitas durante esse período” esquerda_direita_centro=”direita”]
Escolha da região
De acordo com o secretário, a Estrutural foi escolhida a partir de fatores como extensão territorial e indicadores criminais acima da média do DF, que tem se destacado nacionalmente na redução criminal. O trabalho é feito com participação de outros parceiros, de forma integrada, baseado em um diagnóstico da Estrutural.
Esse diagnóstico foi elaborado a partir de dados e levantamentos de diferentes órgãos, como Casa Civil, Administração Regional da Estrutural, secretarias de Governo, de Obras, de Justiça e da Mulher, Defensoria Pública, Neoenergia, DF Legal e as forças de segurança públicas, entre outros.
Nos três meses da ASP, foram realizadas 26 operações policiais, que resultaram na prisão de 112 pessoas e outras 125 pessoas detidas. Vinte e seis adolescentes foram apreendidos. As ações resultaram, ainda, na apreensão de 24 armas de fogo e 14 armas brancas. Quatorze mandados de prisão foram cumpridos.
No período, foram aplicadas 286 multas por alcoolemia e 236 notificações por falta de CNH. Houve emissão de 20 multas por som alto, 108 veículos foram recolhidos e, ao longo dos três meses, 171 estabelecimentos foram fiscalizados e 109 bares e distribuidoras visitados.
Violência contra a mulher
O enfrentamento da violência contra a mulher é uma das prioridades da ASP. No período, foram realizadas 39 prisões em flagrante e 122 medidas protetivas solicitadas ao Judiciário. Equipes do Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica e Familiar (Provid), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), realizaram 533 visitas às vítimas de violência na região. Duas pessoas foram presas após acionamento do aplicativo Viva-Flor na cidade.
As ações integradas são coordenadas pela Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi), da SSP. “Realizamos reuniões e avaliações esporádicas com representantes de órgãos envolvidos, para adaptações necessárias”, explica o subsecretário de Operações Integradas, coronel Fábio Leite.
Aos resultados, soma-se uma série de ações. “Ao longo desses três meses, conseguimos, além de trazer o Grupo Tático para atuar junto ao 15º Batalhão, atuar com mais intensidade. Também conseguimos aumentar em 50% os atendimentos realizados pelo Provid. Em horários mapeados, também tem sido utilizado o motopatrulhamento”, explica o comandante do 15º Batalhão, que atende a Cidade Estrutural, major Arantes.
[Olho texto=”“Percebemos maior presença de policiais, e isso, com certeza, melhora a sensação de segurança”” assinatura=”Constâncio Alves, comerciante local” esquerda_direita_centro=”direita”]
De acordo com o comandante, uma das grandes conquistas foi a maior aproximação com a população e lideranças comunitárias. “Temos realizado reuniões com essas pessoas, recebido as demandas e estamos buscando atendê-las da melhor forma possível”, completa Arantes.
O aumento da segurança na região tem sido percebido pela população, como é o caso de Constâncio Alves, comerciante local. “Percebemos maior presença de policiais, e isso, com certeza, melhora a sensação de segurança”, afirma. “O novo batalhão na entrada da cidade também será muito importante, pois a presença da estrutura policial, sem dúvida, inibe a ação criminosa”.
Na opinião do comerciante, a mudança da 8ª Delegacia de Polícia, uma demanda antiga da população, também contribui para a maior sensação de segurança: “A distância era um limitador para registrar ocorrências. Mostrar esses resultados e a população sentir-se mais segura pode ser uma forma de mudar a visão distorcida que muitas pessoas têm da Estrutural, achando que é uma região em que temos somente violência. Aqui temos pessoas trabalhadoras e com muito orgulho de serem moradores locais e que estão muito satisfeitas com essas mudanças”.
Necessidade de prorrogação
Para a titular da 8ª DP, delegada Jane Klébia, a prorrogação do prazo na ASP na região poderá contribuir com resultados ainda mais positivos para a região. “Vimos a importância da ASP e entendemos a necessidade da prorrogação”, diz. “A redução da criminalidade já é uma realidade, mas ainda há espaço e necessidade das ações, que não podem cessar neste momento”.
[Olho texto=”“A PCDF continuará intensificando suas ações no combate a esses crimes, trazendo mais segurança a uma região de tanta vulnerabilidade”” assinatura=”Delegada Jane Klébia, titular da 8ª DP” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ela conta que houve várias operações conduzidas pela PCDF, sob coordenação da 8ª DP e com apoio das delegacias especializadas, com foco na redução de homicídios, tráfico de drogas e estelionato, que ocorre em volume considerável se comparado a outras regiões. “A PCDF continuará intensificando suas ações no combate a esses crimes, trazendo mais segurança a uma região de tanta vulnerabilidade”, afirma a delegada.
A administradora regional da Estrutural, Vânia Gurgel, também avalia que a prorrogação do prazo de atuação da ASP na região será essencial para continuidade das ações. “Só temos a agradecer por essa transformação efetiva na vida dessas pessoas”, ressalta. “Os moradores sempre compartilham experiências positivas, que têm impactado a rotina da população. A sensação de segurança já é muito maior e os atendimentos de atenção à população, como cursos e palestras, já mudam a realidade dessas pessoas”.
Na avaliação do presidente do Conselho de Segurança da Estrutural, Valério Cristiano, a ASP tem sido essencial para a região. “Percebemos que os índices criminais caíram. Furtos tiveram redução significativa, os assaltos a ônibus foram reduzidos quase cem por cento, o roubo a comércio diminuiu”, relata. “A presença policial nas ruas da cidade é notória. A comunidade como um todo agradece os trabalhos da Segurança Pública. Tem sido uma relação de parceria, atendendo as demandas do Conseg [Conselho de Segurança] e atuando de forma sistemática e aplicada, com foco na segurança”.
Prevenção à criminalidade
Antes do início da ASP na Estrutural, foi feita uma análise considerando os índices criminais, o perfil e idade dos moradores RA e as principais demandas da comunidade. O objetivo é realizar ações que contribuam com a redução da criminalidade e com a qualidade de vida dos moradores locais.
“Queremos que as atividades que estão sendo desenvolvidas tenham sustentabilidade após a ASP e, para isso, estamos realizando diversas parcerias com órgãos públicos locais e também sociedade civil”, avalia o subsecretário de Prevenção à Criminalidade, Sávio Ferreira. “Estamos felizes e empenhados em continuar prestando um bom serviço àquela comunidade. Ainda há muito o que fazer”.
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Em três meses, foram realizados 7,6 mil atendimentos à população, como ações educativas de trânsito, emissão de carteira de identidade e de trabalho, oficinas artísticas, serviços voltados para mulheres, atendimentos psicossociais e curso para lideranças religiosas, por meio da Aliança Distrital.
A aproximação com a população é destacada pela coordenadora de Políticas Sociais da SSP, Marina Fernandes: “Esse período que passamos na Estrutural nos permitiu conhecer melhor as necessidades da comunidade para aperfeiçoar nossas ações no território. Nos próximos três meses, trabalharemos na melhoria da prestação de serviços da segurança pública, como emissão de carteiras de identidade, por exemplo, e em ações que favoreçam a aproximação da comunidade com os profissionais de segurança”.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública