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13/10/2021 às 09:20, atualizado em 14/10/2021 às 09:57
Mais de 200 toneladas de entulho verde são recolhidas por semana na região; administração fiscaliza e investe em ações para conscientizar
No começo, foi um trabalho focado na conscientização e no belo exemplo. Depois, vieram a fiscalização e o controle do descarte incorreto do lixo em um dos bairros mais verdes do Distrito Federal. Essa foi a estratégia usada pela Administração Regional do Park Way, que, com o apoio do DF Legal, está combatendo a sujeira na região.
Segundo os cálculos da própria administração, os caminhões chegam a recolher até 250 toneladas de resíduos, toda semana, nas quadras próximas ao Aeroporto Internacional de Brasília e ao Núcleo Bandeirante. O lixo verde – que envolve podas, galhos e folhagens secas – é o mais volumoso na localidade, ocupada por casas grandes com jardins. Entulhos e inservíveis também são jogados em terrenos descampados.
Uma ideia encampada pelos gestores foi reduzir os espaços onde moradores e empresas de construção depositavam detritos. Depois de várias reuniões e orientações sobre o descarte dos resíduos, um procedimento foi tomado: no lugar do lixo, entram flores e canteiros. Foi assim na Quadra 26, onde mora a servidora pública Thais Oliveira, 38 anos.
“Quando cheguei aqui, há dois anos, vi um monte de lixo sendo jogado constantemente ao lado do PEC [Ponto de Encontro Comunitário]. Até vaso sanitário já foi encontrado. Como síndica, pedi providências para a administração”, relata Thaís. “Há alguns meses, os funcionários fizeram o plantio dos ipês no local. Desde então, não tivemos mais esse problema”, comemora.
O novo canteiro ganhou 28 mudas de ipês de cores sortidas e tem na servidora pública e no zelador seus guardiões. Foi assim também nas quadras 4 e 17 – próximo ao núcleo rural Vargem Bonita –, que receberam mudas do viveiro comunitário do Park Way. Uma placa foi colocada no local informando que é proibido jogar resíduos.
[Olho texto=”“Cada morador ou condomínio é responsável pelo lixo que produz. Parece redundante, mas não é. Se esse lixo não cabe em sacos plásticos ou não está bem acomodado, o SLU não recolhe”” assinatura=”Maurício Tomaz, administrador do Park Way” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Todavia, outras situações ainda persistem. As podas de árvores e o lixo verde produzido pelos condomínios ainda são deixados ao lado de lixeiras e até mesmo na vegetação, o que não é permitido.
“Cada morador ou condomínio é responsável pelo lixo que produz. Parece redundante, mas não é. Se esse lixo não cabe em sacos plásticos ou não está bem acomodado, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) não recolhe”, lembra o administrador Maurício Tomaz. O serviço, então, é feito toda semana por seus funcionários.
Fiscalização para educar
Há várias opções para manter os espaços limpos e bem cuidados. Uma delas é levar os resíduos para um dos 12 papa-entulhos espalhados pelo DF, que são mantidos pelo SLU. Há no mercado também, informa Tomaz, empresas especializadas em lidar com o lixo verde e dar a destinação correta. Outra alternativa é o trabalho de compostagem, no qual uma máquina tritura esse tipo de resíduo, reaproveitado como adubo natural.
“Acreditamos que é o momento de os moradores se reeducarem e acho que a fiscalização do DF Legal tem ajudado nisso. Porque o trabalho não para, todos os dias nossos caminhões estão nas ruas”, observa o coordenador executivo da administração, Wesley Pereira.
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As equipes de fiscais estão semanalmente no Park Way. Mais de 50 condomínios já foram notificados por irregularidades. Deixar lixo nas ruas dói no bolso. O descarte de podas, por exemplo, rende multas entre R$ 2,3 mil e R$ 23 mil, informa a secretaria.
“Já fizemos alguns bons jardins por aqui para inibir o pessoal que jogava sujeira. Porém, o mais importante é o morador fazer seu papel, conversar com os vizinhos e dar a destinação correta aos detritos”, acredita Tomaz. “Dessa forma, teremos um bairro melhor e o reforço do cuidado com a área de proteção ambiental”, finaliza.