14/10/2021 às 16:49, atualizado em 14/10/2021 às 17:04

Representante da ONU visita restaurante comunitário de São Sebastião

Entidade foi conhecer modelo de segurança alimentar e nutricional voltado à população em situação de vulnerabilidade, administrado pelo GDF

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

Às vésperas do Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, um dos programas de assistência social mais bem-sucedidos do Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu a visita da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta quinta-feira (14), o braço da entidade voltado para a Alimentação e Agricultura (FAO) foi conhecer o Restaurante Comunitário de São Sebastião.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, conheceu as instalações internas de produção das refeições e almoçou no Restaurante Comunitário de São Sebastião| Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o espaço fornece, por dia, de segunda a sábado, cerca de 2 mil almoços a R$ 1 e, em média, 300 cafés da manhã a R$ 0,50 cada. Além de São Sebastião, outras 13 regiões administrativas contam com um restaurante comunitário. Todas as refeições seguem um cardápio nutricional balanceado, rico em legumes, verduras e frutas adquiridos da agricultura familiar.

[Olho texto=”“Trata-se de uma política pública que poderia ser só assistencial, mas que vai além: oferece uma alimentação equilibrada e fomenta a agricultura familiar, evitando o êxodo rural e estimulando um dos sistemas de produção que mais geram emprego, principalmente de mulheres”” assinatura=”Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil” esquerda_direita_centro=”direita”]

Recebido por integrantes do governo, o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, conheceu as instalações internas de produção das refeições. Além disso, foi informado de todo o processo de implantação de segurança alimentar e nutricional promovido pelo governo para a população em situação de vulnerabilidade. Zavala também almoçou no restaurante, em que o prato do dia foi um cozidão pernambucano.

“Trata-se de uma política pública que poderia ser só assistencial, mas que vai além: oferece uma alimentação equilibrada e fomenta a agricultura familiar, evitando o êxodo rural e estimulando um dos sistemas de produção que mais geram emprego, principalmente de mulheres”, observou Zavala.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) é uma agência das Nações Unidas que tem como uma de suas funções liderar e articular os esforços internacionais para acabar com a fome. De acordo com a própria FAO, o objetivo da organização é alcançar a segurança alimentar de todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade, suficientes para levar-se uma vida ativa e saudável.

O casal Marcelo Albuquerque, 39 anos, e Cília Bernarda, 42 anos, almoçam no Restaurante Comunitário de São Sebastião pelo menos três vezes por semana e elogiam o serviço | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“Acho pertinente e louvável uma ação como essa do restaurante comunitário, principalmente em um momento como este em que vimos relatos de pessoas brigando por ossos para se alimentar justamente no maior exportador de alimentos do mundo, que é o Brasil”, observou Rafael Zavala.

Para a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Vanderlea Cremonini, a primeira visita da FAO a um restaurante comunitário do GDF tem um grande valor. “É o reconhecimento das ações feitas pelo GDF e a possibilidade de levar a outras instâncias as nossas ações, podendo até servi-las de modelo.”

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Há dois anos, o casal Marcelo Albuquerque, 39 anos, e Cília Bernarda, 42 anos, almoça no Restaurante Comunitário de São Sebastião pelo menos três vezes por semana. Acompanhados de quatro dos oito filhos, muitas vezes o almoço garante a janta do mesmo dia.

Marido e mulher, que trabalham em uma borracharia, só veem vantagens. “É uma grande economia de tempo e de dinheiro, principalmente com o preço do gás”, disse Marcelo. “Além de a comida ser muito gostosa, eles aqui têm muita paciência com a gente”, completou Cília.