01/11/2021 às 10:19, atualizado em 01/11/2021 às 17:18

Um local tranquilo para estudar? Visite uma biblioteca pública

DF tem pelo menos 15 espaços abertos sob protocolos rígidos de combate à pandemia. Confira os endereços

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

As bibliotecas públicas do DF vão, aos poucos, abrindo as portas e garantindo aquele espaço de leitura e sossego aos brasilienses. Após um longo período de pandemia do coronavírus, 15 das 26 bibliotecas espalhadas por várias regiões administrativas da capital voltaram a receber os frequentadores em seus espaços (veja a lista ao final).

Após um longo período, 15 das 26 bibliotecas espalhadas por várias regiões administrativas da capital voltaram a receber os frequentadores em seus espaços | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Entre elas, está a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade, em Ceilândia Norte. Após um ano e cinco meses fechada, a biblioteca reabriu em setembro para satisfação da servidora pública Rafaela Moreira, 32. ‘Figurinha fácil’ por lá desde os tempos em que estudava para o concurso da Polícia Penal, a moça revela que sentiu muita falta do espaço.

“Gosto muito do ambiente de lá, pra mim é mágico. É lá onde me concentro, tenho paz, e fiz muitas amizades”, diz. “Neste período de isolamento social, minha produção diminuiu muito, li bem menos. Fiquei mais na televisão, o que não é bom”, confessa Rafaela. Após se tornar policial, ela usa a biblioteca para ler materiais da profissão e um pouco de literatura.

A unidade de Ceilândia é uma das mais bem estruturadas do DF. São cerca de 60 mil livros no acervo, segundo a coordenadora Pollyanna Souza. Salas de leitura, 15 computadores com internet disponível, copa para refeições e, recentemente, passou a oferecer o Wi-Fi Social, internet móvel gratuita colocada em locais de grande circulação pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Segundo a professora Pollyanna, a falta de contato com o público foi muito prejudicial. “Foi um período em que não pudemos ofertar aquilo que a gente tem de melhor: um ambiente acolhedor, de informação, organizado para a leitura, pesquisa”, aponta.

A servidora pública Rafaela Moreira na Biblioteca Carlos Drummond de Andrade, em Ceilândia Norte

“Aqui recebemos estudantes, pessoas com necessidades especiais, pessoas em situação de rua. É um público muito diversificado”, comenta. Apenas a disponibilização de conteúdos online e alguns projetos nas redes sociais funcionaram até o início de setembro.

Como uma forma de prevenção à covid-19, os usuários passam por aferição de temperatura, devem usar máscaras e limpar os pés em tapetes sanitizantes. A principal medida, no entanto, é a proibição do acesso dos usuários ao acervo. Apenas um funcionário, com luvas de proteção, manuseia os livros antes de entregá-los ao leitor. Assim que são devolvidos, os livros passam por quarentena de 10 dias antes de retornar às estantes.

Biblioteca Nacional também voltou

A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), no Eixo Monumental, voltou a receber o público no final de setembro. Com 60% de sua capacidade liberada, a jovem biblioteca, vizinha do Museu Nacional, também segue as regras sanitárias usadas em Ceilândia. Além disso, a visita deve ser marcada via agendamento no site Minha Agenda Virtual.

“Temos vagas em um período que vai das 9h às 14h, e em outro das 14h às 19h. Enquanto um grupo sai, o outro entra”, explica o diretor substituto da BNB, Daniel Portela. “É algo que foi pensado com muita calma pela equipe técnica para garantir a segurança dos usuários e diminuir risco de contaminação”, acrescenta.

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O espaço cultural trouxe como novidade, em seu retorno, a criação de uma audioteca. Voltado para deficientes visuais, o conteúdo reúne cerca de 130 livros gravados, a maioria de literatura, que pode ser apreciado por lá ou levado por empréstimo. São todos no formato MP3, de fácil acesso em computadores.

Algumas unidades, como as da Estrutural e do Itapoã, estão em reforma. Outras ainda se preparam para retornar ao convívio coletivo. Mas, em geral, já são muitas as opções para quem quer se concentrar no estudo ou absorver um punhado de cultura nesses espaços públicos.

Bibliotecas abertas no Distrito Federal

  • Biblioteca Nacional de Brasília (Eixo Monumental)

Funcionamento: Segunda a sexta, das 9h às 19h; sábado e domingo, das 8h30 às 13h30

  • Biblioteca Pública de Águas Claras

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h

  • Biblioteca Pública da Candangolândia

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h

  • Biblioteca Braille Dorina Nowill (Taguatinga)

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 17h (atendimento feito após agendamento)

  • Biblioteca Pública do Gama

Funcionamento: Segunda a sexta, 8h às 18; Sábados das 8hh às 12h

  • Biblioteca Pública do Guará

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h

  • Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante

Funcionamento: Segunda a sexta das 8h20 às 22h; sábados de 8h20 às 18h; domingos de 8h20 às 13h

  • Biblioteca Pública do Paranoá

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h

  • Biblioteca Pública do Recanto das Emas (Quadra 805)

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h

  • Biblioteca Pública do Riacho Fundo

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 12h

  • Biblioteca Pública de Santa Maria Norte

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h

  • Biblioteca Pública de Santa Maria Sul

Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h

  • Biblioteca Pública de Sobradinho

Funcionamento: Segunda a sexta das 8h30 às 22h; sábado das 8h às 12h

  • Biblioteca Pública de Sobradinho II

Funcionamento: Segunda a sexta das 8h às 22h; sábado das 8h às 18h

  • Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade

Funcionamento: Segunda a sexta das 8h às 22h; sábado das 8h às 12h