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07/11/2021 às 10:10
Zoonoses faz exames epidemiológicos que identificam espécies que podem ser reservatórios de agentes etiológicos causadores de enfermidades
A vigilância laboratorial é essencial para diagnosticar e identificar como está a circulação de vírus, bactérias e outros agentes etiológicos em animais em determinados ambientes ou regiões. Para realizar esse tipo de monitoramento, a Secretaria de Saúde, por intermédio da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses possui laboratórios específicos para esta atividade.
No Distrito Federal, o Laboratório de Patologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Brasília é credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar o diagnóstico laboratorial de febre amarela em macacos | Foto: Breno Esaki /Agência Saúde
Além do Laboratório de Diagnóstico da Raiva, há os laboratórios para diagnóstico da leishmaniose visceral em cães e Laboratórios de Identificação de espécies de animais que são reservatórios de para o vírus da febre amarela, hantavirose e da bactéria causadora da leptospirose.
“Todos esses laboratórios são ambientes altamente insalubres. Todos eles possuem risco de contaminação e, portanto, não podem ser adentrados por pessoas sem autorização”, explica Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde.
O Laboratório de Raiva recebe o material de todas as espécies de animais (cães, gatos, morcegos, bovinos, equinos, suínos, macacos e outros) e de humanos post mortem. O Laboratório de Diagnóstico de Leishmaniose Canina realiza exames por intermédio de duas técnicas laboratoriais: teste rápido e ELISA, que no inglês significa Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay – trata-se de um teste sorológico imunoenzimático. O Laboratório de Animais Sinantrópicos e Silvestres recebe e identifica as espécies de animais hospedeiros de agentes causadores de doenças nos animais e no ser humano.
Segundo Laurício Monteiro, médico veterinário e gerente substituto de Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, no Laboratório de Animais Sinantrópicos e Silvestres, são recebidos cadáveres de morcegos, roedores urbanos, roedores silvestres e outros animais onde é feito a identificação e coleta de material biológico para diagnóstico.
“Nos casos notificados de hantavirose, leptospirose e febre amarela a equipe técnica com agentes de saúde realiza a investigação ambiental em saúde com objetivos de encontrar fatores condicionantes e determinantes que possam ter ocorrido no local provável de transmissão. Para assim, para cada caso propor as medidas de prevenção a saúde pública”, explica.
No Distrito Federal, o Laboratório de Patologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Brasília é credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar o diagnóstico laboratorial de febre amarela em macacos. Além de enviar amostra de primata não humano (PNH) para o Laboratório Evandro Chagas (Fortaleza/CE) quando for o caso.
“Quando for encontrado o cadáver de PNH no meio urbano notificamos ao Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica, assim como a Vigilância de Vetores. Esta última poderá avaliar e também realizar o controle do mosquito Aedes aegypti, mecânico e químico e notificamos a Vigilância Epidemiológica, que deve ir até aquela região para fazer uma busca ativa das pessoas não vacinadas da região e vacinar todos contra a febre amarela’, informa Laurício.
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O Laboratório de Animais Sinantrópicos e Silvestres recebe o corpo de animal de importância em saúde para diagnosticar e identificá-lo. No caso de qualquer doença identificada neste animal é necessário fazer a investigação da região.
Todos os laboratórios existentes na Zoonoses são locais de biossegurança nível 2 e 3, com acesso permitido somente às pessoas autorizadas e aos profissionais que trabalham no local.
*Com informações da Secretaria de Saúde