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10/11/2021 às 11:12
Ao todo, são 60 profissionais do programa de residência aprovados para atuar nas UBSs de todo o DF
[Olho texto=”“Brasília se torna um dos polos mais importantes de formação de medicina comunitária e de família do Brasil, e isso vai ser um divisor de águas” ” assinatura=”Fernando Erick Damasceno, secretário adjunto de Assistência à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
As equipes de saúde da família terão reforço para atuação em todas as regiões de saúde do Distrito Federal. Após firmar contrato temporário com 500 agentes comunitários e dar posse a novos enfermeiros da área, a Secretaria de Saúde (SES) anunciou a aprovação de 60 médicos para o programa de residência em medicina de família e comunidade. O edital foi divulgado no dia 4 deste mês.
Os 60 selecionados vão trabalhar nas unidades básicas de saúde (UBSs) acompanhados por médicos preceptores. Ao longo de dois anos, os residentes farão consultas individuais, procedimentos e atividades de educação em saúde. Também vão atuar em atendimentos em domicílio, atividades educativas em grupo na comunidade e reconhecimento de áreas de vulnerabilidades econômicas, sociais, epidemiológicas ou comportamentais.
Segundo o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, esse novo programa de residência será um marco para o Distrito Federal. “Brasília se torna um dos polos mais importantes de formação de medicina comunitária e de família do Brasil, e isso vai ser um divisor de águas para a gente”, afirma. De acordo com o médico, que fez a residência na área pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências e Saúde (Fepecs), o programa também ajudará a fortalecer a Atenção Primária nas regiões de saúde do DF.
“Serviços estruturados com equipes qualificadas na Atenção Primária são capazes de resolver em torno de 80% das necessidades de saúde, com eficácia e humanização, promovendo um cuidado integral e ao longo da vida das pessoas e de seus familiares”, aponta a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall. Um dos papéis desses profissionais, ressalta a gestora, é ampliar a compreensão das comunidades sobre o papel da Atenção Primária à Saúde.
Especialidade em alta
Mestre em saúde da família pela Fiocruz, Paula Lawall explica que a especialidade cresceu aproximadamente 30% em dois anos, em todo o país, atraindo um número crescente de profissionais. “É uma especialidade que está presente nos mais variados cenários, como centros urbanos, áreas de risco, rurais, indígenas, ribeirinhas e quilombolas com um escopo amplo de atuação”, diz.
[Numeralha titulo_grande=”605 ” texto=”equipes de saúde da família atuam no DF” esquerda_direita_centro=”direita”]
No programa de residência conduzido pela SES, os futuros especialistas na área devem ter contato com uma visão holística do cuidado com as famílias e as comunidades, incluindo os contextos biológico, psicológico e social e suas interações.
A perspectiva é abrir novos editais de residência na área, possibilitando integrar um residente em 120 das 605 equipes de saúde da família que atualmente trabalham no DF. O programa caminha para ter caráter permanente. Também tramita na Secretaria de Economia (Seec) o processo para um futuro concurso público para médicos de família e de comunidade. Em 30 de setembro, tomaram posse 39 enfermeiros de família e comunidade.
Cobertura territorial
[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Hoje, o DF tem o maior número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) credenciadas junto ao Ministério da Saúde, desde o início deste modelo assistencial, com cobertura em 83% do território local.
As equipes são compostas por um enfermeiro, um médico, dois técnicos de enfermagem e até seis agentes comunitários de saúde. Em 2020, a Atenção Primária promoveu 4.431.734 procedimentos – número que inclui 277.657 visitas domiciliares e 2.291.320 atendimentos.
*Com informações da Secretaria de Saúde