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12/11/2021 às 13:59, atualizado em 12/11/2021 às 14:22
Com variação positiva de 2,1% no PIB nesse período, a capital federal ficou acima da média nacional, acumulando quase R$ 274 bilhões
Ao longo de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal acumulou, em valores correntes, R$ 273,614 bilhões, resultado que manteve a capital federal na oitava posição entre as maiores economias do país desde o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, com a verificação de novas estruturas produtivas do país, estados e municípios. Em 2018, o DF totalizou R$ 254,817 bilhões. Os dados foram apresentados nesta sexta (12), pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no canal da companhia no YouTube.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 90 mil ” texto=”Média do PIB per capita do DF, 2,6 vezes maior que o índice nacional” esquerda_direita_centro=”direita”]
No intervalo retroativo entre 2019 e 2018, o DF registrou variação positiva de 2,1% para o volume (variação real) do PIB, ficando acima da média brasileira, de 1,2%. Em comparação com anos anteriores, a economia local cresceu 1,7% em 2018/2017 e 0,3% em 2017/2016. A trajetória crescente do PIB no DF aponta para a recuperação da economia, mesmo em ritmo lento.
A melhora no cenário econômico se deu por conta da redução das taxas de juros básicos e da inflação da economia. Em 2019, a taxa real de crescimento do PIB-DF (2,1%) figurou na décima posição entre todas as unidades federativas e, na região Centro-Oeste, ficou atrás de Mato Grosso (4,1%) e Goiás (2,2%).
“O Distrito Federal também se manteve como a unidade da Federação com o maior PIB per capita [divisão do PIB pela população] brasileiro, com mais de R$ 90 mil, 2,6 vezes maior do que a média nacional”, informa a supervisora de disseminação de informações geográficas e estatísticas do IBGE, Michella Reis.
A estrutura econômica distrital e a do Brasil são diversas. O perfil produtivo da capital federal é pautado pela dinâmica do setor de serviços, com grande influência da atividade pública, o que confere ao DF certa estabilidade, tanto em períodos de crise quanto de progresso econômico. Segundo Michella Reis, as atividades que apresentaram os maiores crescimentos nesse ramo foram alojamento e alimentação, com 7,1%; arte, cultura, esporte e recreação, com 6,7%; formação, comunicação, educação, saúde privada, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com 3,9%. Os setores agropecuário e industrial possuem pequena representatividade, em termos relativos.
Ótica da produção
A ótica da produção indica a contribuição de cada atividade econômica no valor adicionado bruto da economia. Na comparação entre 2019 e 2018, foi verificada uma variação positiva de 2,1% em volume no PIB-DF, com valor corrente estimado em R$ 273,614 bilhões em 2019, composto por R$ 242,917 bilhões referentes ao valor adicionado bruto e R$ 30,687 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
O resultado do valor adicionado bruto é uma combinação do desempenho dos setores de serviço, agropecuário e industrial. O setor de serviços cresceu 1,8% em volume em relação ao ano anterior, o que representa 95,7% da estrutura produtiva. Já a indústria foi responsável por 3,9% da economia, evoluindo em 4,1%. Na agropecuária, houve crescimento de 1,2% no ano, mas esse número pouco influenciou o índice geral, pois responde por 0,4% do valor adicionado bruto total.
“A melhora da atividade produtiva se deu em um cenário de expectativas positivas para a economia no qual a queda da taxa de juros e a manutenção de um baixo nível de inflação fomentaram os principais setores do DF”, avalia a gerente de contas e estudos setoriais da Codeplan, Jéssica Milker. “Assim, o DF permaneceu como a oitava maior economia e o maior PIB per capita do país”.
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Ótica de renda
A conta de geração da renda mostra como o valor adicionado é apropriado pelo fator trabalho, pelo governo (impostos sobre a produção) ou se transforma em excedente operacional das empresas ou rendimento misto das famílias produtoras.
A remuneração dos empregados é definida como o total das remunerações, em dinheiro ou em espécie (bens e serviços), pagas por uma empresa a um empregado em troca do trabalho realizado durante um período contábil, dividindo-se em salários e contribuições sociais.
No DF, em 2019, a remuneração dos empregados atingiu R$ 151,899 bilhões, montante do qual R$ 116,701 bilhões são referentes aos salários e R$ 35,197 bilhões às contribuições sociais. A participação relativa no PIB (R$ 273,614 bilhões) diminuiu, entre 2018 e 2019, de 58,3% para 55,5% – este último com 42,7% relativos aos salários. No Brasil, o percentual da remuneração caiu levemente: passou a representar 43,5% do PIB, dos quais 34,4% eram de salários. Em 2018, a participação das remunerações no PIB brasileiro era de 43,6%, e a dos salários, de 34,6%.
A elevada participação da remuneração do trabalho no PIB-DF é explicada, em parte, pela significativa participação da administração pública na economia local, com grande contingente de servidores assalariados.
O PIB
O Produto Interno Bruto é o principal indicador para análise de desempenho econômico de uma região ou país. Representa a soma de bens e serviços finais produzidos durante determinado período de tempo, permitindo mensurar a renda gerada na economia pelos diversos agentes produtores.
*Com informações da Codeplan