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20/11/2021 às 08:58, atualizado em 06/05/2024 às 12:13
PMDF conta com agentes aptos a intermediar operações de estresse elevado, como sequestro e tentativas de suicídio
As ocorrências são de alta tensão e o estresse vai nas alturas. Casos que envolvem crimes de sequestro, tentativas de suicídio ou mesmo confrontos em manifestações requerem diálogo com paciência e autocontrole capazes de evitar tragédias e perdas de vida. E é com esse papel mediador que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Polícia Militar (PMDF), formou nessa sexta-feira (19) mais 22 agentes no VI Curso de Negociador Policial.
O treinamento, promovido pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), envolveu 16 oficiais da PM do Distrito Federal, um da Polícia Civil, dois policiais militares do Acre, um do Maranhão e dois integrantes da Polícia Legislativa do Congresso Nacional.
Por 45 dias, eles enfrentaram simulações de casos críticos dos mais variados graus de estresse, incluindo negociações envolvendo reféns e suicidas. Na grade curricular do curso também foram tratadas práticas de neurolinguística, psicologia, oratória, primeira intervenção em crises, terrorismo, técnicas verticais (que são negociações em lugares altos), além de táticas e teoria geral de negociação.
Com a formação, esses policiais tornam-se oficialmente negociadores, aptos a exercer a função nas mais variadas operações durante uma crise. Isso demonstra a preocupação do GDF, por meio da Polícia Militar, na manutenção de uma tropa alinhada com as técnicas mais atuais de segurança pública no DF e no mundo. “A negociação policial é uma alternativa tática para a resolução de crises, com equipamentos e treinamentos especiais”, explica o comandante do Bope-DF, major Lúcio Flávio.
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Atualmente, a PMDF já conta com 14 oficiais aptos à negociação. Com as novas formações, esse número sobe para 30. Para ingressarem no curso, os alunos se submeteram a um rigoroso processo de seleção onde foram entrevistados por psicólogos, que filtraram os perfis que a atividade de negociação exige, além de testes de habilidades físicas e de redação.
Comandante da Companhia de Negociação Policial do Bope, o tenente Thiago Oliveira é um dos novos capacitados a assumir as negociações em casos de alta complexidade geridos pela corporação. Aos 33 anos, 10 deles como militar da PM, o oficial conta que a experiência adquirida na formação vai além da atuação profissional. “Serve também para a vida. Além disso, coloca a PMDF especializada e mais bem preparada para lidar com pessoas em momentos de transtorno e confusão mental”, conta ele.