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16/12/2021 às 21:08, atualizado em 16/12/2021 às 21:10
‘Empoderamento Feminino’ dará qualificação profissional, por meio da Sejus, na área de beleza e bem-estar a 40 acolhidas na ONG Maria de Magdala
Após seis meses de tratamento em uma comunidade terapêutica em São Sebastião, a adicta Rachel Emilião, de 43 anos, se sente pronta para recomeçar e recuperar tudo o que a dependência química tirou de sua vida: a convivência com a família, a autoestima, a saúde e o trabalho.
Para auxiliar em seu processo de reinserção social, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) e a instituição Salve a Si Casa Maria de Magdala atenderão Rachel, além de outras 39 acolhidas no local, com o projeto Empoderamento Feminino, lançado nesta quinta-feira (16).
O projeto vai oferecer cursos de capacitação na área de beleza e bem-estar a mulheres dependentes químicas que estejam em fase final do tratamento de recuperação, com o intuito de proporcionar a elas reintegração no mercado de trabalho. As aulas começam em janeiro.
“Quando cheguei à Casa de Magdala, estava no fundo do poço, mas tive oportunidade de me reencontrar. Hoje, estou totalmente reintegrada na sociedade, reestruturando minha vida e a relação com meu filho”, conta Rachel, que viveu 30 anos de dependência química.
“Esse curso é muito importante porque geralmente quem está na adicção ativa não tem uma profissão. Então, vai ajudar a me sentir útil na sociedade”, completa. A ideia é que essas mulheres saiam da instituição prontas para atuar com cabelo, unhas, maquiagem e design de sobrancelhas.
[Olho texto=”“Queremos oferecer a essas mulheres a autonomia financeira, o exercício da cidadania, o sentimento de pertencimento social e a oportunidade de dar um novo significado a suas histórias”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Segundo a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, o aperfeiçoamento de habilidades profissionais e o empoderamento feminino são ferramentas importantes na rotina pós-tratamento e contribuem efetivamente para o desenvolvimento de uma nova vida.
“Queremos oferecer a essas mulheres a autonomia financeira, o exercício da cidadania, o sentimento de pertencimento social e a oportunidade de dar um novo significado a suas histórias”, acrescenta a secretária.
Uma grande oportunidade
A acolhida Genísia Rodrigues, 32 anos, está ansiosa pela oportunidade. “Vou ter um emprego, depois de passar por esse curso de aperfeiçoamento. É uma oportunidade muito grande pra gente, que achava que não tinha mais nada na vida”, avalia.
Mais do que a capacitação profissional, o projeto vai estimular essas mulheres a sonharem com um futuro melhor. “Descobri uma nova maneira de viver. Quando terminar meu tratamento, meu filho vai ganhar uma mãe, meus pais vão ganhar uma filha e a sociedade vai ganhar uma cidadã”, planeja Genísia.
O projeto é financiado com recursos de uma emenda distrital no valor de R$ 100 mil. Segundo o presidente da ONG Salve a Si Casa Maria de Magdala, Henrique França, a parceria do Executivo, Legislativo e sociedade civil ajudam a tornar o DF um local cada vez melhor. “Essa parceria é muito importante e proporciona ao governo a chance de estar mais próximo da comunidade”, acrescenta.
Enfrentamento às drogas
A Sejus conta em sua estrutura com a Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), que atua em três eixos: prevenção, acolhimento e reinserção social.
Uma das ações da pasta é a oferta de tratamento para a dependência química, por meio de convênios com 12 comunidades terapêuticas (duas femininas), onde são disponibilizadas 330 vagas mensais para atendimento a dependentes químicos. Também são realizadas ações de prevenção ao uso de drogas, principalmente com palestras nas escolas do DF.
Em relação à reinserção social, a pasta atua em parceria com outras instituições para oferecer projetos de qualificação profissional e de acompanhamento pós-tratamento, como o Empoderamento Feminino: Estação da Beleza e Bem-estar, que oferta 40 vagas em cursos profissionalizantes.
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Todas essas ações estão reunidas no programa Acolhe DF, que já realizou quase 10 mil atendimentos em seis meses desde o seu lançamento.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania