10/01/2022 às 09:43

Lagoa da Estação de Tratamento de Água Rio Descoberto é recuperada

Equipamento contribui para destinação ambientalmente correta da água de lavagem dos filtros da estação

Por Agência Brasília * I Edição: Carolina Jardon

Para atender mais de 3 milhões de habitantes com água de qualidade, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) opera 11 estações de tratamento de água em todo o DF. A sua maior Estação de Tratamento de Água é a ETA Rio Descoberto, localizada em Taguatinga Norte, próximo a Ceilândia. Aos 35 anos de operação, essa unidade é responsável pelo fornecimento de água a 16 regiões administrativas, o equivalente a 60% da população do DF.

Na Estação do Rio Descoberto, a tecnologia de tratamento utilizada é a de filtração direta, que inclui os processos de coagulação e pré-floculação; filtração; desinfecção, fluoretação e correção do pH. Tal sistema funciona em conjunto com a estação e, na necessidade de manutenção de algum desses componentes, o lodo acumulado é direcionado para a lagoa de deposição. No final do ano, foram concluídos os serviços de limpeza e recuperação desse importante equipamento, uma vez que sua capacidade de acumulação de lodo estava bastante reduzida.

Na etapa de filtração, a água passa por camadas de areia, capazes de reter e remover as impurezas presentes. Regularmente deve ser realizada a lavagem do leito filtrante, que utiliza a água injetada no sentido contrário ao da filtração. Toda essa água usada para a lavagem do filtro passa por um pré-tratamento e retorna ao início do processo de filtração, fazendo com que a ETA RD tenha perdas de água próximas a zero.

A estrutura da lagoa possui 130 metros de comprimento, 30 metros de largura e 4,50 metros de profundidade, com capacidade para armazenar até 10 mil m³ de volume de material | Foto: Cristiano Carvalho (Caesb)

A recuperação da água da lavagem dos filtros corresponde praticamente a um processo à parte da estação, dada sua complexidade, assim como a quantidade de equipamentos necessários, tais como elevatória, adensadores de lodo, tanques equalizadores, prédio de desidratação de lodo e a lagoa de deposição de lodo.

Com um investimento de R$ 350 mil, as atividades foram iniciadas em maio de 2021, com a retirada de todo o lodo acumulado, e transporte para uma cascalheira desativada e licenciada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Além disso, foram realizados reparos na geomembrana de impermeabilização e de outros pequenos componentes da lagoa.

De acordo com Wellington Ribeiro de Freitas, gerente de operações da ETA RD, “esse serviço vai manter a destinação adequada dos resíduos das lavagens dos filtros, mesmo em caso de parada não programada ou em situações de manutenção do sistema de recuperação da água de lavagem, conferindo mais segurança à operação da unidade”.

Histórico

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

A lagoa de deposição do lodo integra o sistema de recuperação da água resultante da lavagem dos filtros da ETA Rio Descoberto, incorporado em 1996 quando a estação passou por uma grande reforma e teve sua estrutura ampliada. A estrutura da lagoa possui 130 metros de comprimento, 30 metros de largura e 4,50 metros de profundidade, com capacidade para armazenar até 10 mil m³ de volume de material.

Em 2014, a estrutura da lagoa de deposição de lodo foi recuperada, com a retirada de material acumulado, reconstituição de taludes e a impermeabilização com geomembrana em PEAD lisa de 1mm.

* Com informações da Caesb