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22/02/2022 às 16:01, atualizado em 22/02/2022 às 16:07
Primeira etapa será feita em sete quadras; investimentos no aterramento da energia e no sistema de abastecimento de água chegam a R$ 38,5 milhões
[Olho texto=”“O Noroeste foi lançado com uma promessa de que seria o bairro mais moderno. Infelizmente, isso se arrastou por 15 anos e não acontecia”” assinatura=” – Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”]
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), dá início à implantação da rede de distribuição subterrânea de energia elétrica no Setor Noroeste. O resgate do projeto original do bairro, lançado como um dos mais modernos de Brasília e bastante aguardado pelos moradores, começa em sete quadras com um investimento aproximado de R$ 33,6 milhões.
Nesta terça-feira (22), o governador Ibaneis Rocha assinou a ordem de serviço para dar início às obras. Os recursos são da própria Terracap. Diferentemente das redes aéreas em que postes, transformadores e cabos elétricos ficam expostos, o cabeamento, agora, será isolado e instalado sob a superfície do solo, protegido por dutos.
“O Noroeste foi lançado com uma promessa para a população de que seria o bairro mais moderno”, afirmou o governador. “Infelizmente, isso se arrastou por 15 anos e não acontecia. Agora, estamos trabalhando para isso. Começamos com a entrega da W9, o Parque Burle Marx e agora com essas obras.”
De modo gradual, todo o Noroeste receberá a obra de infraestrutura elétrica. Inicialmente, sete quadras foram selecionadas após estudo técnico de viabilidade, pois encontram-se mais livres de interferências para a execução. Serão beneficiadas as quadras SQNW 102, 103, 104, 106, 302, 303 e 304.
Também terão início os serviços de complementação de rede de água na AENW 02 – lotes 1, 2, 3, A e B, bem como o remanejamento de linha de distribuição de 34,5 kV. O trabalho vai retirar interferências, em especial nas quadras SQNW 105, SQNW 305, CRNW 505 e AENW 02, possibilitando a conclusão das obras de implantação de infraestrutura e urbanização das referidas quadras.
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Vantagens
De acordo com o presidente da Terracap, Izídio Santos, a rede de distribuição de energia elétrica subterrânea traz diversas vantagens em relação às redes aéreas. Isso porque oferece maior confiabilidade ao sistema de distribuição, reduzindo a frequência e o tempo de interrupção do fornecimento de energia elétrica – geralmente causada por incidentes e intempéries em redes aéreas.
Além disso, a operação e a manutenção dessas redes pela concessionária são mais eficientes e garantem maior segurança às pessoas, por eliminarem riscos de acidentes com abalroamento de postes por veículos e rompimento de cabos. “Sem contar o impacto visual, muito mais bonito”, avalia Izídio Santos. “São investimentos que resgatam o projeto de bairro moderno e sustentável”.
Na Administração Regional do Plano Piloto, as demandas para a execução do projeto de aterramento da rede elétrica eram constantes. Segundo a administradora Ilka Teodoro, a execução da obra vai resolver vários problemas de uma vez só. “Atende os moradores que investiram no bairro planejado, os empresários da construção civil que tiveram interferências de postes e fios nas projeções de novas construções e até quem mora na Asa Norte, com melhorias no abastecimento e fim dos apagões constantes”, explica.
Compensação florestal
Na mesma solenidade, a Terracap fez o primeiro pagamento em espécie de compensação ambiental e florestal da história da empresa – todos os demais foram realizados por meio de benfeitorias na cidade. Dois cheques simbólicos, no valor total de R$ 2,5 milhões, foram entregues à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e ao Instituto Brasília Ambiental.
O presidente do instituto, Cláudio Trinchão, relata que os recursos de R$ 1.263.369,45 serão usados na contratação de uma empresa terceirizada para o desenvolvimento de planos de manejo e polígonos. “Trata-se de um estudo técnico sobre as condições ambientais para a criação de um parque ambiental”, detalha.
A compensação funciona como uma espécie de “indenização perante a natureza”, sendo um instrumento legal para contrabalançar os impactos ambientais previstos na implantação dos empreendimentos da Terracap.