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11/03/2022 às 18:19
Programa promoveu mais de 800 atendimentos à comunidade; próxima edição será realizada no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, no dia 25 de março
Após realizar mais de 9 mil atendimentos em 2021, o Ação Mulher no Campo está de volta e realizou, nesta sexta-feira (11), a primeira edição deste ano. Desta vez, quem recebeu a visita de diversas secretarias e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), além de parceiros não-governamentais, foi o Assentamento Dorothy Stang, localizado na área rural de Sobradinho.
O programa, encabeçado pela Secretaria da Mulher (SMDF), é uma ação conjunta do governo do DF e tem a proposta de facilitar o acesso da população a diversos serviços públicos, como saúde, trabalho e direitos sociais. Ao todo, foram oferecidos mais de 800 atendimentos aos moradores da região.
“Esta ação é resultado das demandas das mulheres do campo e das suas necessidades. Elas disseram que precisavam do governo dentro dos assentamentos e, assim, nasceu o Ação Mulher no Campo, para trazer atendimento a essa comunidade”, explicou a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “Hoje, nós somamos forças. A mulher do campo tem um poder muito grande: ela traz vida para a comunidade”, acrescentou.
[Olho texto=”A próxima edição do Ação Mulher no Campo vai ser realizada no dia 25 de março, no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, das 9h às 13h” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Uma das propostas do programa é dar visibilidade e incentivar as mulheres que vivem em área rural para que elas tenham condições de gerar renda sem sair de casa, explorando a terra ou seus talentos manuais, como o artesanato e a gastronomia.
“Antes, nós não éramos ouvidas pelo governo. Eles faziam projetos, mas não tinham como saber o que a gente precisava. Hoje, nós temos voz, temos visibilidade”, alegra-se Edna Borges, artesã e representante do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado.
Durante o evento, as moradoras puderam explorar seu lado empreendedor, expondo suas produções em uma pequena feira: roupas, peças de bordados, artigos de papelaria artesanal, frutas e verduras orgânicas, além de doces e salgados feitos por essas mulheres.
Joelina Moreira de Sousa é moradora da região e revende legumes e verduras na feira de Sobradinho II. Ela afirma que vive desta fonte de renda há 17 anos e fez questão de prestigiar a ação pela oportunidade de apresentar seu trabalho e vender seus produtos.
Já Midiã Vieira é moradora de um assentamento vizinho, o Renascer Palmares. Ela encontrou no Ação Mulher no Campo não só uma oportunidade de ter acesso aos serviços do governo, mas também de conquistar o paladar do público com seus pães caseiros.
Hoje, ela e a tia conseguem se sustentar com a pequena produção, mas ela diz que precisa fazer o negócio crescer e ter mais oportunidades de vendas. A feira durante a ação de hoje, para ela, foi a chance de ganhar um dinheiro extra e de ter mais clientes.
União de esforços
Entre os serviços, foram oferecidos bate-papos promovidos pela SMDF, durante os quais foram abordados temas como direitos das mulheres, prevenção à violência de gênero, além da promoção da saúde feminina. As interessadas ainda puderam conhecer os cursos de capacitação oferecidos pela secretaria.
A comunidade local também pôde fazer inscrições no Cadastro Único, da Secretaria de Desenvolvimento Social; se cadastrar no programa Prospera, da Secretaria de Trabalho, e ainda aproveitar a oportunidade para solicitar a emissão da carteira de artesão pela Secretaria de Turismo.
A Secretaria de Saúde promoveu diversas ações voltadas ao cuidado com a saúde da mulher e realizou o agendamento de mamografias, consultas médicas, além de oferecer testes rápidos para sífilis e HIV e aferição de pressão.
As crianças se divertiram no espaço lúdico organizado pela Secretaria de Segurança Pública, além de participar das atividades organizadas da Defesa Civil e aprender sobre diversas zoonoses nos estandes da Vigilância Ambiental.
O evento contou com a participação das secretarias de Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Agricultura, além da Polícia Civil, Senar, Assessoria Jurídica, Vigilância Ambiental, BRB, Caesb, Detran e a Ouvidoria da SMDF.
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O assentamento existe desde 2016 e, atualmente, é residência de mais de 700 famílias. Em 2020, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação aprovou um projeto de lei que permitia a regularização fundiária de oito assentamentos do DF, entre eles o Dorothy Stang.
A próxima edição do Ação Mulher no Campo vai ser realizada no dia 25 de março, no Núcleo Rural Rio Preto (DF 320, km 10, sede), em Planaltina, das 9h às 13h.
Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado
O Ação Mulher no Campo foi uma demanda do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, um órgão colegiado, de caráter consultivo e vinculado à SMDF.
Composto por mulheres representantes de diversos grupos, como quilombolas, indígenas, mulheres rurais, ciganas, entre outras, e por membros dos órgãos do Governo do Distrito Federal, o fórum tem a missão de debater propostas de políticas voltadas à promoção da saúde, dos direitos e da autonomia econômica das mulheres do DF.
*Com informações da Secretaria da Mulher