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12/03/2022 às 12:25, atualizado em 12/03/2022 às 16:25
A obra do espaço, que contará com 8 milhões de documentos históricos do DF, está adiantada; custo final orçado é de cerca de R$ 1 milhão
O GDF prepara um presentão para a capital de todos os brasileiros: um complexo cultural com a história viva de Brasília contada pelo Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). No local, haverá centro de exposição permanente e temporária, sala de cinema para 50 pessoas, além de espaço com 50 baias para pesquisa digital.
O complexo contará ainda com oito milhões de documentos históricos do DF, totalmente digitalizados. A obra do complexo está adiantada e o custo final está orçado em cerca de R$ 1 milhão. Parte desse valor será destinado à compra de 40 computadores, telas e datashow.
O Arquivo Público do DF foi fundado em 1985. De lá para cá, o órgão, além de abrigar a memória dos documentos da cidade, tem servido de fonte para estudantes e pesquisadores em geral.
“O fato de sermos muito procurados pelas entidades internacionais que se interessam pela história de Brasília foi importante para a decisão de criação do complexo cultural”, explicou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “Brasília encanta. É uma cidade construída em mil dias”, acrescentou.
[Olho texto=”Entre os destaques do material disponibilizado, estão as cadernetas de anotações dos membros da Missão Cruls e o acervo de Lucio Costa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Segundo ele, o complexo cultural vai expor um acervo de 21 fundos públicos e 23 privados. Na quantificação por gênero são 48.192 itens cartográficos; 6.700 eletrônicos; 5.602 filmográficos, 1.445.463 iconográficos, 2.233 micrográficos; 5.333 sonoros; 1.022,22 metros lineares de material textual e 132 itens tridimensionais.
O material terá curiosidades, como as cadernetas de anotações dos membros da Missão Cruls, grupo de cientistas exploradores enviado em 1892 pelo presidente Floriano Peixoto para explorar o Planalto Central e demarcar a área que seria destinada ao Distrito Federal. Também faz parte do material o acervo do urbanista Lucio Costa, que hoje se encontra na Casa de Arquitectura, em Portugal.
“O acervo físico do arquiteto continuará na capital portuguesa, mas preparamos um convênio para que o material digitalizado esteja disponível no complexo cultural em Brasília”, diz Scigliano.
O projeto do complexo cultural será completamente inclusivo. “Para o governador Ibaneis Rocha é muito importante que o espaço atenda a pessoas com qualquer tipo de deficiência. Ele quer que o espaço seja totalmente acessível”, destacou o gestor.
Brasília no Google Arts
As exposições visuais do novo complexo cultural também estarão disponíveis no Google Arts graças a um convênio que já foi assinado.
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Google Arts&Culture é uma página mantida pelo Google em colaboração com museus espalhados por diversos países. Utilizando tecnologia do Street View, o site oferece visitas virtuais gratuitas a algumas das maiores galerias de arte do mundo. Ao “transitar” pelas galerias, é possível também visualizar imagens em alta resolução de obras selecionadas de cada museu.
De acordo com Scigliano, o acesso ao complexo cultural será totalmente gratuito. “O equipamento beneficiará toda a população do DF que se interesse e de qualquer parte do mundo”, concluiu.
O historiador Elias Manoel da Silva, servidor do Arquivo Público do Distrito Federal há 18 anos, destacou que a importância do complexo cultural será produzir conhecimento a ser divulgado. “Serão oferecidos cursos e palestras sobre a história de Brasília. Além de recolher e guardar, o que é a missão do Arquivo, o complexo será o rosto visível da memória documental guardada”, explicou o historiador.