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21/03/2022 às 19:00, atualizado em 22/03/2022 às 15:46
Entenda o percurso da água, das nascentes até as torneiras das casas
No Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) chama a atenção para a importância da recomposição da vegetação nativa do cerrado como elemento fundamental na preservação desse recurso natural essencial à vida.
[Olho texto=”“A recuperação de nascentes que estamos fazendo aqui no DF, mesmo que em pequena escala, servirá de incentivo para novas ações” ” assinatura=” – Sarney Filho, secretário de Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”direita”]
Por meio do Projeto CITinova, que investe no desenvolvimento urbano sustentável e em tecnologias inovadoras, a Sema colabora com a recuperação de 80 hectares de áreas de preservação permanente (APPs) nas bacias dos rios Descoberto e Paranoa?, que abastecem o Distrito Federal.
Já foram plantadas 6.504 mudas de espécies nativas do cerrado em 67 propriedades rurais e em 10 hectares nos parques ecológicos de Águas Claras e do Riacho Fundo.
“Mapeamos áreas de alta prioridade de recuperação, num total de 91 mil hectares”, informa a coordenadora de Recursos Hídricos da Subsecretaria de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Patrícia Valls e Silva. “A ideia é dar continuidade a essa ação aqui no DF, por meio de mais projetos”.
O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, lembra que o cerrado é considerado o berço das águas do Brasil, por abrigar as nascentes de três importantes bacias hidrográficas da América do Sul: Platina, Amazônica e São Francisco. “A recuperação de nascentes que estamos fazendo aqui no DF, mesmo que em pequena escala, servirá de incentivo para novas ações”, afirma. “O importante é que não deixemos de espalhar a consciência ambiental, porque quem conhece protege”.
Parceria
O projeto CITinova conta com a parceria de pequenos proprietários rurais. Urias Pedro da Silva é dono da Chácara Buriti, em Brazlândia, com 22 hectares, na área de proteção do manancial do Barrocão. Lá ele tem duas nascentes, uma delas perene – com água brotando o ano todo. “Estou aqui há 37 anos, e a água vinha diminuindo, por isso, me inscrevi no projeto e estou muito satisfeito”, relata.
Segundo ele, o volume de água da nascente vem aumentando após o plantio das 600 mudas de árvores nativas, como jatobá-da-mata, aroeira-pimenteira, bálsamo, gonçalo-alves, ipês, ingá, angico, landim, cutieira, mutamba, copaíba, baru, araçá, jenipapo e pente-de-macaco.
A Lei nº 12.651/2012, conhecida como Código Florestal, estabelece a proteção da vegetação em um raio de 50 metros no entorno de nascentes. Assim, o plantio de mudas nativas na área de Urias também vai garantir a regularidade ambiental da propriedade.
Restauração
O projeto também oferece capacitações e consultoria para restauração das áreas, além da implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em 20 hectares e curso para formação de comunidades que sustentam a agricultura (CSAs).
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“Ao todo, estão sendo realizados seis projetos, totalizando um valor de quase R$ 5 milhões, entre o projeto CITinova e emendas parlamentares”, explica o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, João Carlos Couto Lóssio Filho. “A Secretaria de Meio Ambiente está em busca de novas parcerias, novos investimentos, com o objetivo de expandir essas ações para outras bacias do DF.”
O CITinova é um projeto multilateral executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Os recursos são do Global Environment Facility (GEF), com implementação a cargo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A execução no DF se dá por meio da Sema, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
*Com informações da Secretaria de Meio Ambiente do DF