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11/04/2022 às 19:03
Dia mundial de conscientização sobre a doença é celebrado em 11 de abril e a data chama a atenção para a enfermidade neurodegenerativa
Tremor nas extremidades, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos tendem a ser os primeiros sintomas de quem sofre com o Mal de Parkinson. É uma doença neurodegenerativa, portanto provoca condições debilitantes sem cura e resulta da degeneração progressiva de neurônios. Apesar de não ter tratamento curativo, há meios de controlar e retardar os sintomas.
Esta segunda-feira (11) é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. A data tem como objetivo chamar a atenção sobre o transtorno e a possibilidade de tratamento. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil existem poucos números sobre a enfermidade e essa não é uma doença de notificação compulsória. A estimativa é de que haja cerca de 250 mil portadores, sendo a segunda doença neurodegenerativa mais comum.
O aposentado José de Sousa Barros, 82 anos, comenta que estranhou ao ter dificuldades para escrever o nome. “Hoje eu não gosto mais de escrever. E quando preciso assinar alguma coisa, peço à minha esposa”, frisa. Há quatro anos, ele faz o acompanhamento da doença na rede pública de saúde.
[Olho texto=”“Os pacientes com sintomas iniciais são atendidos na atenção primária e encaminhados ao neurologista. Temos esse especialista em todas as regiões de saúde” – Adriana Ferreira Barros, Referência Técnica Distrital (RTD) em Neurologia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Barros conta com terapia, fisioterapia, cardiologista e geriatra pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os remédios que necessita são disponibilizados gratuitamente por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais. “Sem o serviço público não teríamos o tratamento”, diz.
Fisioterapia
José e a esposa, a aposentada Joana D’arc de Jesus Oliveira, 62 anos, têm acesso a plano de saúde, mas preferem a rede pública para o tratamento. “A gente tem o convênio que meu filho paga, mas é mais para fazer exames”, ressalta.
Joana D’arc preocupa-se com a mudança na postura do marido. “Tem vezes que ele para tão para frente que parece que vai cair”, relata. A instabilidade postural é um dos sintomas da doença de Parkinson, o que aumenta o risco de queda. Para melhorar a mobilidade e a força muscular, o aposentado faz fisioterapia uma vez por semana.
O fisioterapeuta Hudson Azevedo Pinheiro explica que a fisioterapia é tão importante quanto o tratamento medicamentoso para a convivência com os sintomas e para melhorar a qualidade de vida das pessoas que possuem a doença que ainda não tem cura.
O profissional faz o acompanhamento do aposentado na policlínica de Taguatinga. Os atendimentos podem ser individuais para exercícios específicos ou em grupo com estratégias lúdicas, como jogos ou tai chi chuan.
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“Os pacientes com sintomas iniciais são atendidos na atenção primária e encaminhados ao neurologista. Temos esse especialista em todas as regiões de saúde”, afirma a Referência Técnica Distrital (RTD) em Neurologia Adriana Ferreira Barros Areal. Ela reforça que alguns cuidados de prevenção são a prática de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação saudável.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Parkinson (PCDT), publicado pela Portaria nº 228, de 10 de maio de 2010, a doença de Parkinson tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF