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12/04/2022 às 18:35, atualizado em 08/05/2024 às 10:04
Carro borrifador cedido pelo Governo do Distrito Federal passou pelos bairros com maior número de contaminações do município. Em 28 de maio, a ação beneficiará o Novo Gama
A luta contra o Aedes Aegypti deu um passo rumo à vitória em Valparaíso de Goiás. Parceria firmada com o Governo do Distrito Federal (GDF) levou aplicação de ultra baixo volume (UBV), popularmente conhecido como fumacê, aos parques Marajó e Santa Rita de Cássia. A ação, iniciada nessa segunda-feira (11), poderá se estender a outros bairros da região.
Segundo o subsecretário de Vigilância Ambiental, Divino Valero Martins, os efeitos desse primeiro ciclo vão pautar a necessidade de novas aplicações. “Precisamos observar se haverá uma diminuição efetiva dos casos antes de usarmos o UBV mais vezes”, explica. O convênio prevê, ainda, capacitação de agentes, ajuda em diagnóstico e testes rápidos. “Vamos tomar conhecimento do tipo de apoio que o município precisa nesse primeiro momento.”
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A parceria entre GDF e Governo de Goiás veio em boa hora. O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Correia Lopes, lembra que o período de calor e chuva é crítico para a proliferação do mosquito causador da dengue, da chikungunya e da zika. “O número de casos aumenta muito nessa época do ano, realmente precisamos de ajuda”, conta. “Hoje, nossa cidade tem mais de 200 mil habitantes. São 200 agentes comunitários de saúde para atender os 48 bairros da região.”
Como não há condições de visitar cada uma das casas diariamente, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, destaca que o papel da população é fundamental no combate ao Aedes Aegypti. “Precisamos impedir que o mosquito nasça; é uma forma de prevenção mais eficaz do que tentar matá-lo usando inseticida”, observa. “Tanto a dengue quanto a chikungunya podem levar a quadros graves de internação e óbito.”
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O medo de ser contaminada pelo Aedes Aegypti faz com que Josefina Ferreira, 81 anos, capriche na limpeza do quintal. “Deixo todas as garrafas viradas e troco a água das minhas galinhas todos os dias”, garante. Mas os cuidados não foram suficientes para impedir que sua filha Maria de Fátima, 56 anos, pegasse dengue no início de abril. “Ela não precisou ser internada, mas está mancando até hoje, com dores no tornozelo”, diz. “A verdade é que não adianta a gente cuidar do que é nosso se os vizinhos não fizerem o mesmo.”