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01/05/2022 às 12:07, atualizado em 08/05/2024 às 09:07
Já foram escavados mais de 40% do volume de terra previsto e aplicados quase 70% dos 7,5 milhões de kg de ferro que ajudam a dar sustentação à obra de arte
O aço, o concreto e a escavação de terra formam, juntos, o grosso – ou, em números, o equivalente a 80% – do que está sendo feito pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Obras e do consórcio de empresas contratadas, na construção do Túnel de Taguatinga. Dessa forma, a maior obra viária urbana em execução no país impressiona também pelos números.
O volume de concreto a ser usado ultrapassa os 92 mil m³; serão mais de 7 mil toneladas de aço e a previsão é de que mais de 522 mil m³ de terra sejam retiradas para realização da obra, na qual 430 pessoas trabalham diariamente para dar celeridade à intervenção que irá transformar a região central de Taguatinga.
Até a última semana de abril de 2022, foram aplicados pelo menos 55.580 m³ de concreto dos 92.708 m³ previstos no projeto – ou 60% desse total. O montante dessa massa de cimento, areia e brita é o equivalente ao tamanho de um campo de futebol repleto de concreto por 10 metros de altura.
O total de aço – que, junto com o concreto, dá sustentação às estruturas do viaduto – usado até agora chega a 5.066 toneladas – ou seja, 67% das quase 7.522 toneladas projetadas para a obra.
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O volume de terra escavada na construção também impressiona. Já foram cerca de 41% dos 522.860,47 m³ calculados de remoção – o que equivale a 213.317 m³. Vale ressaltar que grande parte desse material tem sido reaproveitado e voltado para a própria obra. “Essa terra que sai da escavação invertida volta para o túnel na aterragem da laje superior do boulevard por onde passará o BRT”, explica o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Luciano Carvalho.
Outro serviço que se destaca é a impermeabilização. Serão 30 mil m² de área impermeabilizada. Em números equivalentes, esse material seria suficiente para impermeabilizar 500 casas populares de 60 metros quadrados cada uma.
“É imprescindível impermeabilizar para que infiltrações e gotejamentos sejam evitados, aumentando a vida útil do túnel”, explica Bruno Almeida, engenheiro civil responsável pela fiscalização das obras. Um canteiro central, com gramado e jardins, irá separar os dois lados das pistas superiores.
Ele explica que na primeira camada do processo é aplicado o primer, uma espécie de tinta preta com cola que dá aderência às placas de manta asfáltica. Sobre ela, então, virá uma proteção mecânica de concreto, com 10 centímetros em média de espessura. Só então o vão que se formou entre o teto do túnel e a superfície das vias já existentes de Taguatinga será coberto por nova camada de concreto, com cerca de 15 cm a 25 cm, dependendo do trecho.