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06/05/2022 às 10:18, atualizado em 06/05/2022 às 12:20
Mais de 96% dos focos de transmissão do mosquito transmissor da doença estão dentro de casa; engajamento da população na campanha é fundamental
Os dados são alarmantes. Mais de 96% dos focos de doenças epidêmicas como dengue, chikungunya, zika e febre amarela estão dentro de casa. Por isso, todo cuidado é pouco. O perigo de contaminação pode estar ao lado, mais perto do que se imagina. Assim, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas enfermidades, é um dever de todos. E o GDF tem feito sua parte.
[Olho texto=”“O povo esclarecido é a melhor ferramenta”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Atualmente, mais de 1,2 mil agentes da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) – ligada à Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde (SES) – estão nas ruas das 33 regiões administrativas, fazendo visitas domiciliares, levantamento de índices de inspeção (controle da presença de recipientes com larvas transmissíveis) e borrifação, com o uso de mais de 20 caminhonetes UBV, veículos adaptados com bombas pulverizadoras de inseticida contra o Aedes aegypti.
“Ampliamos nossa capacidade de visitas domiciliares e cobertura com o fumacê, melhorando, e muito, o atendimento à população com as instalações das tendas nos hospitais”, comenta o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. “E por que fazemos isso? Para que o indivíduo que chegue com sinais e sintomas seja imediatamente tratado para não evoluir para um quadro mais grave.”
Contudo, de nada adiantam todas essas medidas de prevenção contra a dengue sem a participação ativa da população. Daí a importância de seguir à risca as recomendações e dicas no combate ao mosquito. “O povo esclarecido é a melhor ferramenta”, lembra o subsecretário. “É imperativo que a gente faça um trabalho de saúde pública com todo mundo, inclusive com o público, com a participação da sociedade”.
Sempre é bom lembrar: nada de pneus, vasilhames ou qualquer tipo de recipientes com água nos quintais, que são verdadeiras maternidades para o Aedes aegypti. Para se ter ideia do risco, um mosquito fêmea grávida desova 350 ovos por vez. “O mosquito desova tanto numa caixa-d’água quanto numa tampa de garrafa”, alerta Divino Valero. “Hoje o mosquito desova até em fossa asséptica”.
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Dicas importantes
? Nas residências horizontais, como casas, é importante observar o quintal para que não haja nenhum tipo de recipiente com água parada;
? Cantinhos escuros, como salas de TV e quartos, são visados pelos mosquitos, que sofrem de fotofobia – têm sensibilidade à luz – e buscam esses lugares para se esconder. O ideal é arejar o ambiente, abrindo janelas e cortinas;
? Também é recomendável pulverizar repelentes no ar, além de bater toalhas atrás de móveis e cortinas, deixando que a luz tome conta do espaço;
? Em casas acortinadas, é aconselhável, todas as manhãs, abrir as cortinas para deixar a luz solar entrar;
? Se você mora em apartamento, a primeira coisa a fazer é observar, junto ao zelador e o síndico, todos os espaços que podem servir de criadouros do mosquito da dengue – fosso do elevador, área de jardim, pérgulas. Não deixe que águas fiquem empoçadas após lavar calçadas e pisos, e nada de plantas aquáticas;
? Se você mora em chácara, fique atento às cisternas e fossas e observe todo o terreno baldio, verificando se não há lixo que acumule água;
? Quem tem fossa asséptica deve tampar com uma tela a boca do cano, evitando que os mosquitos se reproduzam no local;
?Informe às inspetorias de saúde de cada região administrativa sobre vizinhos que tenham abandonado a casa, ou estejam viajando, e tenham deixado sem os devidos cuidados espaços como piscinas, lotes e jardins;
? Em caso de sintomas como febre, dores abdominais ou dores atrás dos olhos, o recomendável é procurar, imediatamente, qualquer unidade básica de saúde (UBS).