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29/05/2022 às 12:23, atualizado em 08/05/2024 às 09:42
Cerca de 47% do material serão reutilizados no reaterro das lajes e na construção do boulevard. Restante será suficiente para uso em outras obras do GDF por dois anos
Além de inovador e grandioso, o Túnel de Taguatinga tem características sustentáveis. A construção vai reutilizar a terra obtida na escavação invertida para o reaterro de todas as lajes e para a construção do boulevard, por onde devem passar os ônibus e o BRT. Conforme o projeto, serão reaproveitados 47% do total escavado – ou seja, 74.088 m³ de 155.261 m³.
[Olho texto=”“Intervenções viárias de interesse do governo, que beneficiem a população, podem usar essa terra. Está guardada e estocada para isso”” assinatura=”Luciano Carvalho, secretário de Obras e Infraestrutura” esquerda_direita_centro=”direita”]
O restante do material será usado em outras obras executadas pelo Governo do Distrito Federal. O secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho, explica que o material pode ser utilizado em ações de recuperação e pavimentação de vias urbanas, além de tratamentos de erosões. “Intervenções viárias de interesse do governo, que beneficiem a população, podem usar essa terra. Está guardada e estocada para isso”, afirma.
De acordo com o subsecretário de Acompanhamento Ambiental e Políticas de Saneamento da pasta, Aldo Fernandes, a terra remanescente do Túnel será suficiente para manter a execução viária distrital por dois anos. “Não teremos que escavar nenhum lugar novo por muito tempo. Isso, ambientalmente, é muito bacana. Porque você não vai ficar com a terra depositada, nem vai jogar em qualquer lugar”, revela Fernandes.
Para ter acesso ao material, as pastas do GDF precisam pedir à Secretaria de Obras e Infraestrutura, por meio do sistema de doação de solo escavado. A terra disponível para reuso está sendo armazenada no 3° Distrito do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF).
Já as toneladas que serão destinadas a etapas da obra do Túnel de Taguatinga ficam armazenadas dentro do canteiro de obras, para facilitar o transporte. “É outra forma de economizar porque não temos que promover deslocamentos para buscar a terra para o uso na obra, está a fácil alcance”, salienta o secretário de Obras e Infraestrutura.
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Além disso, segundo o subsecretário de Acompanhamento Ambiental e Políticas de Saneamento, a qualidade da terra obtida pela escavação invertida pode ser considerada superior a outras. “Estamos dando prioridade a essa terra para a construção da estrutura porque não contém traços de entulho, metais”, explica Fernandes.
A escavação invertida, em resumo, significa retirar a terra do túnel, em etapas, e colocar em outro local, para uso posterior. Até a segunda semana de maio deste ano, foram escavados, de forma invertida, 39.727 m³.
O Túnel de Taguatinga é considerado a maior obra viária em andamento no Brasil, com investimento de R$ 275 milhões e geração de mais de 400 empregos diretos e indiretos.