09/06/2022 às 12:24, atualizado em 09/06/2022 às 12:56

Jardim Botânico recebe curso sobre coleta seletiva

Ação integra as comemorações da Semana do Meio Ambiente; DF conta com 30 cooperativas de reciclagem

Por Catarina Lima, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

[Olho texto=”“As pessoas estão se acostumando aos poucos, e essa questão da separação dos resíduos ainda causa muitas dúvidas”” assinatura=”Ana Caroline Lima de Souza, coordenadora da Comissão de Meio Ambiente do Movimento Comunitário do Jardim Botânico” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Instituto Brasília Ambiental e o Movimento Comunitário do Jardim Botânico promoveram, na tarde desta quarta-feira (8), um curso para ensinar a forma correta de separar os resíduos de residências e empresas. A ação foi realizada no Centro de Práticas Sustentáveis do Jardim Botânico e integrou a programação que comemora a Semana do Meio Ambiente.

O curso mostrou como os resíduos devem ser separados, qual destino deve ser dado a material tóxico – como seringas, restos de medicamentos e baterias –, noções de compostagem de parte do material orgânico e formas de acondicionar esse material.

Ana Caroline e João Santana explicaram como devem ser separados resíduos, inclusive material tóxico, como baterias  | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Acreditamos que esta seria uma importante atividade de educação ambiental na Semana do Meio Ambiente”, disse a coordenadora da Comissão de Meio Ambiente do Movimento Comunitário do Jardim Botânico, Ana Caroline Lima de Souza. Ela organizou a aula com o presidente da Ecolimpo –uma das 30 cooperativas de coleta e reciclagem do DF –, João Hildebrando Santana.

[Olho texto=”“Alguns catadores que antes não tinham nenhuma qualificação profissional, viviam até na marginalidade, sem ter onde morar, hoje contam com salário garantido”” assinatura=”João Hildebrando Santana, presidente da Ecolimpo” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“As pessoas estão se acostumando aos poucos, e essa questão da separação dos resíduos ainda causa muitas dúvidas”, avaliou a ambientalista. “Os catadores, pela própria necessidade, envolvem a sua comunidade no processo de coleta seletiva. Ele serve de agente multiplicador”. Hoje, no DF, a coleta seletiva gera renda para cerca de 3 mil pessoas.

Segundo João Santana, a coleta seletiva pode mudar a vida de muita gente. “Alguns catadores que antes não tinham nenhuma qualificação profissional, viviam até na marginalidade, sem ter onde morar, hoje contam com salário garantido”, explicou. Um catador chega a receber por mês um salário mínimo.

Segundo o diretor da Ecolimpo, os catadores que atuam junto às cooperativas do DF recebem treinamento adequado para dar o destino correto ao material recolhido. “Temos uma central que cuida da articulação junto ao governo. A Organização das Cooperativas do DF capacita o pessoal com cursos de organização de entidades, gestão de pessoas, entre outros”, enumerou.

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Apesar da organização crescente, lembrou o gestor, alguns catadores preferem trabalhar de forma independente, sem seguir as normas estabelecidas pelo setor; com isso, prejudicam os demais e acabam não tendo um ganho adequado. “São imediatistas que pegam o material e vendem na esquina para o atravessador. Enquanto isso existir, embora a legislação esteja cada vez mais rígida, haverá o amadorismo”, alertou.

Integrante da Associação dos Moradores do Jardins Mangueiral, Eluzai Rodrigues, 41 anos, disse que pretende compartilhar o aprendizado com o seu condomínio. “Quando soube da iniciativa, achei muito interessante. Resolvi participar e contribuir com o meu bairro, levando o conhecimento”, contou.

Jardim Botânico recebe curso sobre coleta seletiva