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09/06/2022 às 14:47
Curso promovido pela Emater abordou formas mais adequadas de utilizar a água nas lavouras
Produtores e trabalhadores rurais de Ceilândia e Brazlândia participaram de um curso da Emater, encerrado nesta quarta-feira (8), sobre irrigação eficiente. Durante as atividades, extensionistas da empresa apresentaram formas mais adequadas de utilizar a água para irrigar lavouras – como o equipamento irrigas –, de forma que o produtor tenha ganhos financeiros e use o recurso hídrico de forma equilibrada.
As atividades ocorreram na chácara do produtor Valdemar Alves Fernando, no Núcleo Rural Incra 9, em Ceilândia. Valdemar adotou o irrigas há apenas duas semanas, mas já vê os resultados. “Estou usando o equipamento no cultivo de morangos e, nesses poucos dias, já observei uma melhora na saúde das plantas, que estão mais vistosas”, conta.
[Olho texto=”Equipamento desenvolvido pela Emater permite ao produtor detectar se há ou não necessidade de irrigar a terra” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Antes de instalar o aparelho, a irrigação era feita a cada dois dias, por 30 minutos. “Agora, estou molhando a cada três dias, por apenas 15 minutos”, conta o produtor. Em 14 hectares, Valdemar cultiva morangos, repolho, mandioca, chuchu e outras hortaliças, que comercializa na Feira do Produtor de Ceilândia. “Estou bastante animado com a economia que o irrigas deve trazer”, comemora.
Nova técnica
Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o irrigas é um aparelho simples, que mede a umidade do solo. Permite ao produtor enxergar se a terra está molhada por baixo, o que indica a necessidade de irrigar ou não.
“O custo do equipamento é baixo e o retorno, bastante positivo”, afirma o engenheiro-agrônomo Rodrigo Teixeira Alves. “É comum o produtor irrigar a cultura diariamente, o que causa perdas de água. Essa tecnologia indica que, às vezes, é necessário molhar as plantas com menor frequência.”
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Além da água, segundo Rodrigo, uma propriedade que adota o equipamento pode chegar a economizar até 70% de energia elétrica para bombear a o recurso hídrico. “Uma irrigação adequada reduz também as possibilidades de a planta contrair doenças, promovendo a economia de remédios e outros insumos químicos; no final do ano, a diferença no bolso do produtor é significativa”, pontua.
“Um sistema eficiente reduz os gastos, elevando a renda do empreendedor rural, e é mais sustentável ambientalmente, já que a água é um recurso escasso”, reforça o engenheiro-agrônomo Antonio Dantas.
*Com informações da Emater