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13/06/2022 às 20:09, atualizado em 13/06/2022 às 20:14
A vistoria cautelar é feita diariamente no local por especialista de São Paulo e conta com colaboração dos comerciantes
Um trabalho de detalhes feito diariamente para garantir a segurança da construção do Túnel de Taguatinga e dos edifícios ao redor das vias Norte e Sul da obra. Assim é o serviço de vistoria cautelar feita no local com o nivelamento topográfico de precisão das paredes e pisos dos comércios da região e da própria estrutura da passagem subterrânea.
Trata-se de uma espécie de termômetro para saber se as edificações envolvidas nesse imenso projeto que é a maior construção viária do país, estão intactas ou sofreram algum tipo de alteração física em consequência da obra.
[Olho texto=” “Além de ter a exata descrição e localização em relação à obra e dos edifícios próximos a ela, a vistoria traz completa averiguação das condições estruturais das edificações”” assinatura=”Ricardo Terenzi, subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização de Obras do GDF” esquerda_direita_centro=”direita”]
“O trabalho constitui numa minuciosa inspeção dos imóveis vistoriados”, comenta o engenheiro Ricardo Terenzi, subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização de Obras do GDF. “Além de ter a exata descrição e localização em relação à obra e dos edifícios próximos a ela, traz completa averiguação das condições estruturais das edificações”, destaca o gestor.
A instrumentação desses espaços é feita todos os dias no local desde que começou a escavação do túnel. Acontecem, basicamente, em três lugares específicos da região. Dentro do próprio túnel, para ver a situação das lajes, contenções e fundações; fora do túnel, mais especificamente na parede do metrô, que fica a 30 cm da via Norte; e nos prédios comerciais que ladeiam as duas passagens.
Para tanto, uma empresa de São Paulo especializada no assunto, a Teknier Engenharia e Tecnologia, foi contratada pelo consórcio que toca a obra para fazer o serviço diário. São duas equipes em campo, com três pessoas cada uma – um técnico de edificações e dois assistentes -, que medem com uma espécie de trena e um topógrafo algum tipo de deformação no local.
“Nosso serviço, basicamente, é fazer o controle de edificações”, resume o técnico em edificações e instrumentações da Teknier, Luciano Nolesco. “Isso consiste no nivelamento topográfico entre uma área fora de ação e a área de escavação, é um trabalho feito em todas as etapas da construção do túnel”, salienta o profissional.
Faixas de observação
Na prática, o serviço de leitura da instrumentação é feito com a utilização de um pino de recalque de metal, colocado num buraco chumbado na base de todos os prédios da região, uma trena e um topógrafo, que faz a verificação de algum tipo de deformação do solo.
[Olho texto=”Para que o trabalho de vistoria cautelar nos edifícios que ficam próximo ao Túnel de Taguatinga seja realizado com sucesso, diariamente, uma parceria com os empresários da região foi firmada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
O monitoramento do nivelamento topográfico se divide em três faixas de observação, ou seja, três níveis de cuidado. Com alteração até 15 milímetros, que não oferece perigo à obra; alteração de 15 a 30 milímetros, que corresponde a 3 cm e já acende sinal amarelo, constatando que há algum tipo de problema no local, como rachaduras ou trincas de fora a fora da parede; e aferição acima de 3 cm, que já confere uma situação crítica.
“Aí tem que interditar a obra, inspecionar o local de crise e ver o que está acontecendo”, constata o fiscal e engenheiro da Secretaria de Obras, Antonio Carlos Ribeiro da Silva. “A importância da instrumentação é justamente ter uma segurança do que pode vir a acontecer. Sem essa vistoria cautelar não se consegue fazer uma obra dessa grandeza com segurança”, São elas que passam essas informações para os engenheiros no dia a dia”, ressalta ainda.
Parceria dos comerciantes
Para que o trabalho de vistoria cautelar nos edifícios que ficam próximo ao Túnel de Taguatinga seja realizado com sucesso, diariamente, uma parceria com os empresários da região foi firmada. Isso porque eles tiveram que autorizar que fossem feitos pequenos furos na base das paredes dos estabelecimentos, local em que o pino de recalque é inserido para servir de parâmetro com relação ao afundamento do piso.
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“Foi tudo documentado, não foi nada forçado, nada invadido, tudo com a anuência dos proprietários”, garante o fiscal e engenheiro Antonio Carlos Ribeiro da Silva. “É uma medida importante tanto para eles quanto para nós”, reforça.
Há seis meses gerente de uma farmácia que fica em frente à perfuração do túnel, Wesley Aires da Fonseca, 27 anos, acha a parceria para a realização dessa medida preventiva bem-vinda. “A gente vê muitos casos de rachaduras, danificações nos prédios e nem sempre é por causa da idade, mas por conta das máquinas pesadas que trabalham aqui perto”, observa. “Então esse acompanhamento é muito importante pra gente”, agradece.