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27/06/2022 às 18:51, atualizado em 27/06/2022 às 21:12
Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos levam esclarecimentos sobre o tema a público atendido nas unidades, por meio de bate-papos, vídeos educativos e dinâmicas coletivas
Em alusão ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho, os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecons) vêm realizando durante o mês de junho atividades de sensibilização e prevenção com crianças e adolescentes atendidos nas unidades. O objetivo é esclarecer, incentivar a reflexão, mostrar a eles o que é trabalho infantil, quais os limites e as consequências dessa prática para o futuro.
“É importante que eles saibam qual o limite, a diferença, por exemplo, entre ajudar e assumir uma pequena responsabilidade no cuidado com a casa, que é saudável, e deixar de ir à escola para cuidar de um irmão menor ou trabalhar no bar à noite com os pais, pedir dinheiro no sinal. O trabalho infantil já se caracteriza quando os pais colocam para a criança uma responsabilidade que atrapalha o cotidiano dela”, explica a chefe do Cecon Ceilândia Norte, Maria Ledinalva de Sousa Silva.
O Cecon Ceilândia Norte, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), atende, atualmente, 114 pessoas – entre crianças, adolescentes e os grupos de adultos e idosos – e foi uma dessas unidades que reforçaram a conscientização contra o trabalho infantil.
A unidade promoveu neste mês encontros semanais com os grupos de crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos de idade para falar sobre as características do trabalho infantil, assistir vídeos educativos, além de fazer desenhos, cartazes, caça-palavras e trabalhos manuais sobre essa temática.
[Olho texto=”“É importante que eles entendam os tipos de trabalho infantil para que eles mesmos possam reconhecer essa prática e se tornem agentes multiplicadores na família, na escola”” assinatura=”Maria Ledinalva de Sousa, chefe do Cecon Ceilândia Norte” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No total, 35 crianças e adolescentes participam desse percurso, como são chamadas essas atividades específicas no âmbito do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Uma das atividades, segundo Maria Ledinalva, foi a confecção de um cata-vento, símbolo da mobilização mundial pela erradicação do trabalho infantil.
“Durante a atividade, abordamos esse tema de forma lúdica e alegre. O cata-vento significa movimento e articulação de ações permanentes contra essa prática. Tivemos um retorno bastante positivo. Percebemos que eles sabem que o mais importante é a educação, sabem que a criança não tem essa responsabilidade”, destaca.
Uma das educadoras sociais responsáveis pelo percurso, Paola Talita de Oliveira Barbosa, reitera que o foco dessas atividades é ensinar crianças e adolescentes a identificar o trabalho infantil.
“É importante que eles entendam os tipos de trabalho infantil para que eles mesmos possam reconhecer essa prática e se tornem agentes multiplicadores na família, na escola. É uma forma de prevenir o trabalho infantil e denunciar eventuais casos”, reforça a servidora.
[Olho texto=”“O combate ao trabalho infantil é difícil porque está enraizado na nossa sociedade, especialmente entre a população mais vulnerável. Muitas famílias consideram natural a criança e o adolescente fazerem pequenos serviços para contribuir no sustento da casa”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]
De acordo com ela, quando recebe a informação de que há indícios de trabalho infantil, a unidade faz um acompanhamento junto à família para avaliar o que eles precisam, os benefícios, e articula com a rede de proteção, se necessário.
“O trabalho infantil é uma das caraterísticas do território. Em Ceilândia, há muitas famílias em vulnerabilidade social e é comum, por exemplo, os pais colocarem criança para vender produtos na rua. Por isso, esse é um tema que trabalhamos todo ano aqui no Cecon, inclusive com os adultos, já que há essa cultura de que é normal a criança trabalhar, principalmente entre os mais velhos”, pontua a educadora social
“O combate ao trabalho infantil é difícil porque está enraizado na nossa sociedade, especialmente entre a população mais vulnerável. Muitas famílias consideram natural a criança e o adolescente fazerem pequenos serviços para contribuir no sustento da casa, ajudar os pais a cuidarem dos irmãos menores, pedir dinheiro na rua. É complicado sensibilizar essas pessoas de que há um limite, de que os filhos não podem deixar de estudar para trabalhar”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
Consequências
Na Estrutural, o Cecon da região aposta em bate-papos e dinâmicas coletivas sobre a prevenção do trabalho infantil. “A ideia é mostrar a eles como o trabalho infantil pode prejudicar a vida adulta, a inserção deles futuramente no mercado de trabalho”, explica Kenneth Mizusaki, um dos responsáveis pelo percurso no Cecon Estrutural.
“Queremos sensibilizar sobre a importância de ter relações de trabalho mais justas e menos exploratórias. E isso a criança e o adolescente têm tendo a infância respeitada, com tempo de brincar, de estudar, desenvolver habilidades como pessoa. É dar àquele jovem a oportunidade de se qualificar”, pontua o educador social.
A unidade tem, atualmente, tem 162 pessoas inscritas. Desses, 125 são adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. “Na região, temos relatos e denúncias de crianças e adolescentes que fazem coleta e seleção de lixo, de trabalho doméstico para cuidado de crianças menores e de aliciamento para o tráfico. As situações de vulnerabilidade do território e a falta de atividades e de espaços de lazer deixam os jovens expostos ao trabalho infantil”, relata Mizusaki.
[Numeralha titulo_grande=”125″ texto=”adolescentes com idades entre 15 e 17 anos são atendidos atualmente no Cecon Estrutural” esquerda_direita_centro=”direita”]
Além do Cecon Estrutural, a organização da sociedade civil (OSC) Coletivo da Cidade, parceira da Sedes, trabalha a conscientização de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos sobre os prejuízos da evasão escolar, com atividades lúdicas e manuais que reforçam a importância do combater o trabalho infantil.
Nesta quinta-feira (30), a instituição vai promover o evento Parada Coletiva: Trabalho infantil não é brincadeira. A intenção é expor os trabalhos realizados neste mês pelas crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos atendidos pela entidade e, ao mesmo tempo, envolver a comunidade.
“É uma maneira de trazer esse tema para o território. É a conscientização e sensibilização da comunidade a partir dessa produção do saber. Vamos entregar folders informativos para a comunidade, que serão produzidos pelos grupos, além de cata-ventos, que simbolizam a data, e foram feitos pelas crianças”, ressalta a coordenadora do Coletivo da Cidade, Denyse Furuhashi.
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Segundo o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista, além dos 16 Cecons, atualmente, o serviço é ofertado no DF por meio de 16 termos de colaboração firmados entre a Sedes e as OSCs.
“Tendo em vista o caráter preventivo e proativo inerente ao SCFV, datas alusivas, como o dia 12 de junho, são frequentemente utilizadas pelas equipes dos Cecons e OSCs parceiras como estratégias para o alcance dos objetivos planejados, por possibilitarem uma discussão mais ampla e atuação conjunta com as redes de proteção locais dentro de uma perspectiva de defesa e afirmação de diretos, contribuindo, desta forma, para o enfrentamento das situações de vulnerabilidade social”, finaliza.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF