09/08/2022 às 17:12, atualizado em 04/10/2022 às 14:48

Confira alternativas culturais da cidade para este fim de semana

Entre os destaques, há o Festival Latinidades e a última oportunidade de ver exposições no MAB e no Espaço Renato Russo

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Brasília, 23 de julho de 2022 – Para quem não viajou neste mês de férias, há muitas opções de diversão na cidade. A dica é conferir a programação cultural local, com atrações e eventos nos espaços de lazer do Plano Piloto e do Entorno. Há entretenimento para todos os gostos e estilos. O grande destaque deste fim de semana é o Festival Latinidades, evento que, em sua 15ª edição, homenageia a mulher negra. Este ano, o tema é  “Mulheres negras: todas as alternativas passam por nós”.

Serão três dias de festa no Museu Nacional, com painéis, oficinas, desfiles, feira de gastronomia, espaço geek, lançamentos literários, exposições e shows musicais. Toda a programação é gratuita, mediante retirada de ingressos no www.sympla.com.br.

“A partir do Distrito Federal, criamos esse projeto que é multilinguagem, uma plataforma para essas mulheres que têm uma produção potente, mas que não são reconhecidas por conta do racismo”, destaca Jaqueline Fernandes, idealizadora e coordenadora geral do evento. “Esse festival é o maior do gênero da América Latina, um espaço de encontro, afeto e conexão voltado para a mulher negra.”

No Complexo Cultural Samambaia, o Espaço Cine Teatro Verônica Moreno tem como destaque, das 16h às 23h, o projeto Rock pela vida, com cinco bandas de rock cristã apresentando o melhor do gênero. A entrada é gratuita.

Roteiro das exposições

[Olho texto=”“A Concha Acústica está na raiz da história cultural da cidade. Conhecer a Concha é uma combinação de visita institucional e lazer” ” assinatura=”Marcelo Gonczarowska, gerente da Concha Acústica e do Museu de Arte de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”]

Apesar de seus 62 anos de criação, a nova capital do país é marcada por história cheia de simbolismo heroico, impressões que os moradores e visitantes podem conferir em várias exposições permanentes em espaços como o Museu Vivo da Memória Candanga, Centro Cultural Três Poderes e Catetinho – local que mantém intactas as instalações da primeira residência oficial do presidente JK. O horário de visitação é das 9h às 17h.

Nos museus que compõem o Centro Três Poderes – Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Espaço Oscar Niemeyer e Museu da Cidade -, o horário de funcionamento é das 9h às 18h. Já a vasta programação do Museu Vivo da Memória Candanga pode ser acessada pelos visitantes das 9h às 17h. 

Considerada o primeiro palco de Brasília a céu aberto e inaugurada em 1969, a Concha Acústica oferece visita guiada, de quinta a domingo, das 10h às 17h.

“Nessa visita se conta a história da Concha e mostra o espaço, inclusive com algumas curiosidades, como efeitos sonoros decorrentes de seu formato”, explica o gerente do local e do Museu de Arte de Brasília. Marcelo Gonczarowska Jorge. “A Concha Acústica está na raiz da história cultural da cidade. Além disso, é uma obra pouco conhecida do Oscar Niemeyer, uma das mais bonitas, eu diria. Então, conhecer a Concha é uma combinação de visita institucional e lazer”.

Bem próximo à Concha Acústica, o Museu de Arte de Brasília é outra dica de lazer para quem estiver na cidade. O espaço, inaugurado em 1985 e reinaugurado em 2021, conta com um vasto acervo modernista de quase 1,5 mil peças, além de exposições temporárias, como uma composta por mobiliário de design moderno do período que vai de 1950 a 2021, disponível para apreciação até este fim de semana.

A coleção valoriza móveis que fizeram parte do interior de palácios, instituições públicas e mesmo residências particulares assinados por nomes como Oscar Niemeyer, Sérgio Rodrigues, Jorge Zalszupin e Lina Bo Bardi, entre outros. “Uma parte já compunha o nosso acervo, e outra está sendo integrada agora, dando ainda mais peso e representatividade para o design”, avalia o gerente.

No Memorial dos Povos Indígenas, reaberto das 9h às 17h desde novembro de 2021, a novidade é a exposição Mais de 12 mil Anos Nesta Terra, que reúne 300 peças pertencentes a 15 etnias indígenas. São colares, vasos, cestos, máscaras e outros artefatos que foram apreendidos pela Polícia Federal em uma ação de combate ao contrabando de objetos do gênero. “O Memorial dos Povos Indígenas cresceu muito como museu”, afirma o gerente do local, David Terena.

No Espaço Renato Russo, das 10h às 20h, o público poderá apreciar também três exposições em locais diferentes. Na Galeria Rubem Valentim, até este fim de semana, o destaque é a polêmica montagem Vê Nus, do fotógrafo brasiliense, Kazuo Okubo. Já no Espaço Aquário, até 4 de setembro, a atração é a mostra Margens da Cidade, uma parceria com a Embaixada da Espanha que apresenta 34 trabalhos fotográficos de artistas espanhóis e brasileiros que refletem sobre a sustentabilidade e espaços urbanos.?