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04/10/2022 às 17:05, atualizado em 10/10/2022 às 11:45
Só em agosto, bombeiros combateram chamas em 9,4 mil hectares de vegetação; grupamento conta com 200 militares espalhados em cinco pontos estratégicos do Distrito Federal
Brasília, 15 de setembro de 2022 – A rotina do Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram) do Corpo de Bombeiros tem sido intensa. O esquadrão é responsável pelo combate a incêndios florestais no Distrito Federal. E, no auge da seca brasiliense, chega a atender até 80 chamados por dia. Queima ilegal de lixo e aceiro feito com fogo estão entre os principais responsáveis pelas chamas.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), 3.353 ocorrências já foram atendidas neste ano pelo Gpram. De 1º de janeiro a 28 de agosto, 9.480,95 hectares de vegetação padeceram diante das chamas. Em 2021, o total de área queimada superou os 32 mil hectares.
Para dar conta da demanda, o efetivo do Gpram chegou a seu número máximo – cerca de 200 bombeiros estão espalhados pelos cinco postos avançados do grupamento. Além da central, localizada na Asa Norte, o esquadrão especializado também está presente em Brazlândia, Planaltina, Santa Maria e Sobradinho.
“Vários desses militares são devolvidos ao seu quartel de origem quando termina o período crítico de seca”, explica o tenente do Serviço Operacional de Informação Pública (Soinp) do CBMDF, Marcelo Abreu. “Esse planejamento faz parte da Verde Vivo, operação anual que coordena as ações de combate a incêndios florestais”.
A Verde Vivo começa seus trabalhos entre abril e maio, período dedicado à prevenção. “Visitamos produtores rurais e associações que tenham interesse em aprender mais sobre queimadas”, conta Abreu. “Falamos sobre as principais causas e ensinamos a controlar o fogo enquanto os bombeiros não chegam”.
[Olho texto=”Para solicitar uma palestra do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os militares também distribuem abafadores durante as visitas, além de explicarem como usar o equipamento de borracha. “Qualquer incêndio pode evoluir para algo pior. Por isso, é importante controlar as chamas desde o início”, comenta o tenente. Para solicitar uma palestra do Gpram, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito.
Muito se fala sobre o potencial que um cigarro mal apagado tem de provocar queimadas. Mas, de acordo com o CBMDF, o principal vilão é o uso irresponsável do fogo. As chamas podem ser utilizadas para queimar o lixo, tratar o solo, fazer uma fogueira e até para proteger uma determinada área de um possível incêndio.
“Vários produtores rurais fazem o chamado aceiro negro, usando o fogo para criar faixas livres de vegetação ao redor de propriedades ou plantações”, afirma Tasso Valadão, sargento do Soinp. “Não é raro essas chamas saírem do controle, em especial no período da seca. Por isso, o aceiro mecânico, feito com a capinagem do mato, é o mais indicado”.
Confira outras maneiras de evitar os incêndios florestais
? Evite colocar fogo em lixo ou restos de vegetação para limpeza de terrenos. Caso seja inevitável, queime pequenas quantidades por vez
? Vai acender uma fogueira? Não se esqueça de capinar bem o mato ao redor dela
?Não abandone a fogueira sem antes apagar o fogo com água ou terra
? Não jogue pontas de cigarro em locais com vegetação seca
? Mantenha os aceiros sempre bem roçados.