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04/10/2022 às 12:09
Corpo de Bombeiros registra todo ano uma alta no número de afogamentos entre julho e outubro, quando a seca torna mais convidativo o banho no lago, em riachos e piscinas
Brasília, 8 de agosto de 2022 – O calor intenso e a baixa umidade do ar que se instalam em Brasília nesta época do ano são convidativos a um mergulho no Lago Paranoá ou um demorado banho de piscina. No entanto, é preciso cuidado. O alerta é do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que registra todo ano uma alta no número de afogamentos entre julho e outubro. Além dos atendimentos de emergência, a corporação realiza um trabalho preventivo aos fins de semana em pontos de lazer aquáticos.
De acordo com números dos bombeiros, em 2020 foram 54 casos de afogamento atendidos pela corporação; já em 2021, ocorreram 53. Somados os anos, foram 33 óbitos em todo o DF. O Lago Paranoá responde por cerca de um terço dos afogamentos, segundo a estatística.
“Este espelho d’água tem profundidades diferentes, dependendo da localidade, o que muitos não sabem. Além disso, não possui bordas em que a pessoa possa segurar”, observa o tenente do Corpo de Bombeiros, Ramon Lauton, apontando isso como uma das causas. Ele compõe o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da corporação, situado na Vila Planalto.
[Olho texto=”“Costumamos dizer que a maioria dos que se afogam são os que sabem nadar. Quem não sabe dificilmente entra na água”” assinatura=”tenente Ramon Lauton” esquerda_direita_centro=”direita”]
O uso de bebidas alcoólicas antes de entrar na água também representa um risco alto. “As pessoas perdem a noção do perigo quando estão alcoolizadas, não ficam atentas aos filhos, que também estão ali no momento de lazer, e é quando ocorrem os incidentes”, pontua o sargento André Sousa, que também é guarda-vidas e faz a prevenção na área da Ponte JK. Nas ações, são utilizados apitos e dadas orientações aos banhistas.
Excesso de confiança
O tenente Lauton reforça que a falta de cuidados no lazer em piscinas atinge principalmente as crianças. Em locais como o lago e riachos do DF, o problema é o excesso de confiança dos banhistas adultos. “A pessoa pode ter um mal súbito ao fazer uma travessia, por exemplo. Outros podem se machucar ao saltar de locais altos”, frisa. “Costumamos dizer que a maioria dos que se afogam são os que sabem nadar. Quem não sabe dificilmente entra na água”, diz o militar de salvamento.
Ao presenciar uma situação de afogamento, a orientação é lançar um material flutuante para a pessoa em perigo. E, ainda, acionar imediatamente o socorro que pode ser tanto os bombeiros militares quanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Confira a seguir mais dicas sobre como prevenir afogamentos.