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04/10/2022 às 15:21, atualizado em 10/10/2022 às 15:11
O espetáculo pode ser contemplado por meio de rota criada pela Secretaria de Turismo
Brasília, 23 de agosto de 2022 – O pôr do sol de Brasília é um dos mais lindos do planeta. Tanto que a Secretaria de Turismo (Setur) criou uma rota especial, a Rota do Pôr do Sol, com 12 pontos para contemplação do astro rei, que se despede do infinito horizonte da capital, em tempos de céu aberto, desfilando um festival de cores e nuances de luzes que hipnotiza, encanta e acalenta a alma.
“A rota foi criada para que brasilienses e turistas pudessem conhecer os locais que tivessem a melhor vista para contemplar o pôr do sol”, destaca o secretário-executivo da Setur, Gustavo Assis. “São 12 locais de acesso gratuito onde as pessoas podem fazer piquenique, descansar, fazer atividades físicas ao ar livre e que foram bastante procurados durante a pandemia da covid-19”, diz.
Fotógrafo há mais de 30 anos, Joel Rodrigues, 49, já perdeu as contas de quantas vezes, com sua câmera fotográfica, eternizou o ritual de passagem do dia para noite, também chamado de lusco-fusco. Um momento mágico da natureza que o profissional das lentes descreve com poesia lúdica. “O lusco-fusco, de tão lindo, tem um azul que a gente não encontra na caixa de lápis de cor”, diz desenhando com as palavras.
É o crepúsculo do fim do dia, que pode ser admirado de diversos cantos do Planalto Central, como Torre de TV, Eixo Monumental, Deck da Asa Norte, Pontão do Lago Sul, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Congresso Nacional, Praça do Cruzeiro – o ponto mais alto da cidade –, santuários como Ermida Dom Bosco (Lago Sul) e Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt (Lago Norte), ou lugares cativos da memória e percepção de cada morador ou visitante da cidade.
Moradora de Sobradinho, a autônoma Ana Karoline Borges, 35 anos, sempre que pode visita o santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Lago Norte, com a família. Gosta de ir ao local no fim da tarde, quando o silêncio e a localização privilegiada do lugar a convidam para reflexões metafísicas.
“Estar aqui, nessa hora do dia, faz a gente se sentir mais perto de Deus, como se cada pôr do sol me desse a esperança de que tem um amanhã para ser vivido, me traz paz”, reflete. “O céu de Brasília é diferenciado e gosto do pôr do sol daqui, que é um dos mais bonitos”, completa.
Confira o vídeo:
Pelo prisma científico
“Porque o céu é azul?”, já perguntava, cantando, Renato Russo, o bardo roqueiro na emblemática faixa Pais e Filhos do disco As Quatro Estações (1989). Mais do que um exercício de retórica do nosso poeta do cerrado, a frase é uma das mais intrigantes e instigantes sobre o assunto. A ciência explica que o céu é azul, por vários motivos, assim como são as cores que pintam o horizonte da capital a cada pôr do sol.
Quem explica o fenômeno é o professor de ciência espacial e tecnologia da Universidade de Brasília, José Leonardo Ferreira. Para o acadêmico, os mesmos princípios norteiam o céu ficar azul e o pôr do sol colorido de matizes diversas. “Uma das razões para aquelas cores é também a concentração de poeira no horizonte”, comenta. “Estamos numa época muito seca e com poucas nuvens. A poeira, devido às atividades humanas, ao vento e à localização geográfica da região Centro-Oeste, intensifica esse espalhamento da luz vermelha, formando aquele espetáculo bonito quando o sol vai embora”, explica o físico, que elege o pôr do sol de Sobradinho, na altura do Colorado, o mais bonito do DF.
Professor de educação física da rede pública do DF há mais de dez anos, Leo Caldas tem como hobby registrar o céu e os astros de Brasília, uma atividade conhecida como astrofotografia. Membro do Clube de Astronomia de Brasília, hoje ele investe pesado em equipamentos para fotografar com mais precisão esse grande show da natureza a céu aberto que enfeitiça a humanidade há milênios.
Com o resultado de seu trabalho publicado no Facebook e Instagram, teoriza sobre a grande beleza que é o pôr do sol de Brasília e do Entorno. “Um dos motivos é por causa do horizonte desimpedido e com pouco relevo que a gente tem no Planalto Central”, observa. “Se existem nuvens nesse horizonte, o sol se põe atrás delas criando um pouco de sombra e raios crepusculares”, emenda.