04/10/2022 às 17:07

Economia cresce pelo sétimo trimestre consecutivo no Distrito Federal

Índice de Desenvolvimento Econômico do DF apontou avanço de 2,5% na atividade econômica entre abril e junho de 2022

Por Agência Brasília* | Edição: Rosualdo Rodrigues


Brasília, 16 de setembro de 2022 –
No segundo trimestre de 2022, a conjuntura econômica do Distrito Federal se mostrou aquecida graças, entre outros fatores, à evolução positiva do mercado de trabalho e pelo aumento potencial de consumo da população, conforme indica o Boletim de Conjuntura do DF apresentado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF), na manhã desta quarta-feira (14).

O setor de indústria foi o que teve a maior expansão no trimestre, com +4,6%, seguido por serviços (+2,4%) e agropecuária (+0,4%) | Foto: Arquivo Agência Brasil

A atividade econômica da capital avançou 2,5%, entre abril e junho de 2022, quando comparado com o mesmo período de 2021. De acordo com o Índice de Desenvolvimento Econômico do DF (Idecon-DF) este é o sétimo aumento consecutivo do nível e contou com a colaboração de todos os grandes setores produtivos.

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O setor de indústria teve a maior expansão, com +4,6%, seguido por serviços (+2,4%) e agropecuária (+0,4%). No acumulado em quatro trimestres (terceiro trimestre de 2021 ao segundo trimestre de 2022), o DF apresentou variação positiva de 2,9%. Nessa base, a indústria distrital incrementou 3,3% e os serviços acumularam alta de 2,9%.

Inflação

Mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação da capital brasileira, no segundo trimestre de 2022, foi de 2,35%. O resultado representa uma desaceleração no ritmo de crescimento dos preços em comparação ao primeiro trimestre do mesmo ano, no entanto, ainda é o percentual mais elevado para o período desde 1996 (3,57%). O grupo de transportes, entre os pesquisados pelo Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o que mais contribuiu com a pressão inflacionária (+1,11 p.p.).

No que se trata da variação de preços por faixa de renda, diferentemente dos três primeiros meses do ano, as famílias locais de menor renda, quando comparada às outras faixas de renda, vivenciaram uma inflação menor no período (+0,76%), ou seja, a variação de preços foi maior para as famílias de maiores rendas.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado entre abril e junho, ficou em 1,82%, resultado que o deixa abaixo do IPCA no segundo trimestre de 2022. Esse comportamento é explicado pela menor contribuição dos itens de transporte e pela deflação no setor de habitação, grupo com grande participação no orçamento das famílias que recebem entre um e cinco salários mínimos.

Na geração de empregos, o setor de construção é um dos destaques em saldo positivo, com mais 2.163 vagas no período | Foto: Paulo H Carvalho/ Agência Brasília

Mercado de trabalho

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), quando comparada com o primeiro trimestre de 2022, mostra que a desocupação apresentou uma redução de 3,1 pontos percentuais no DF. Assim, a taxa de desocupação ficou em 15,6% no segundo trimestre, sendo o menor valor trimestral dos últimos seis anos (2016 – 15,6%). Segundo o levantamento, cerca de 57 mil pessoas incrementaram o contingente de ocupados no mercado de trabalho, em empregos formais ou informais, no confronto dos segundos trimestres de 2021 e 2022.

Os empregos no setor público (+46 mil pessoas) foram o grande destaque, assim como os do setor privado com carteira assinada (+23 mil pessoas). Por outro lado, a PED observou uma queda no número de empregados domésticos (-9 mil pessoas) e nas demais posições (-4 mil pessoas).

Com foco no mercado de trabalho formal, o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) indicou que o número de admissões ocorridas superou o de desligamentos pelo oitavo trimestre consecutivo. Só no DF, nos três meses analisados pelo boletim, foram criados 14.382 empregos formais.

Com exceção da agropecuária, todos os grandes segmentos avaliados tiveram saldos positivos no intervalo de tempo, com destaque para os serviços (+10.473 vagas) e construção (+2.163 vagas). Assim, o saldo acumulado entre julho de 2021 e junho de 2022 foi de 59.920 postos de trabalho com carteira assinada.

Confira o Boletim de Conjuntura Econômica do DF na íntegra.