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04/10/2022 às 16:46, atualizado em 09/10/2022 às 14:40
O espaço de 2,6 mil m² tinha a metade exposta ao tempo e agora está todo coberto, em um investimento de R$ 800 mil para maior conforto de feirantes e frequentadores
Brasília, 12 de setembro de 2022 – Há 23 anos, Maria Helena de Souza, 72, vende roupas, sapatos e brinquedos usados na Feira Livre da Vila São José, em Brazlândia. E foi por todo esse tempo que ela se via obrigada a lidar com as intempéries da natureza e trabalhar sob o sol quente ou a chuva para garantir a renda da exposição em dois dias da semana. “Agora a gente não vai precisar pegar chuva na cabeça para trabalhar. Está muito bom”, comemora a feirante.
Isso acontecia porque o espaço que a feirante ocupava não tinha cobertura, uma realidade de mais de duas décadas mudada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em setembro de 2022 com a renovação e ampliação do telhado da maior feira livre do DF.
Com a obra, nenhum dos 300 feirantes cadastrados fica mais ao léu. Com um investimento de aproximadamente R$ 800 mil, a cobertura foi trocada e o espaço de 2,6 mil m² – que tinha a metade exposta ao tempo – está totalmente coberto.
“Os banheiros também foram reformados e todas as laterais do galpão de múltiplas funções que abriga a feira às quintas e sábados ganhou uma cobertura externa, o que reforça a proteção e dificulta a entrada de água em dias de chuva”, completa a coordenadora de Desenvolvimento da Administração Regional de Brazlândia, Walneia Carvalho.
Diferentemente das feiras permanentes, as feiras livres ocorrem em áreas públicas em determinado dia da semana, onde as barracas são montadas e desmontadas. Na de Brazlândia a frequência na quinta-feira é, em média, de 2 mil pessoas, número que sobe para 3 mil no sábado. “Brazlândia responde por 64% dos hortifrútis e folhagens consumidos no DF. Nada mais seguro para o produtor e seus produtos ter um espaço com a infraestrutura adequada”, ressalta o administrador regional Marcelo Gonçalves.
E se as melhorias na infraestrutura melhoram as condições de trabalho dos feirantes e é um chamariz para mais clientes, elas também vão dar mais conforto a quem vai lá comprar os produtos. É o caso da manicure Cláudia Patrícia de Souza, 38 anos, que frequenta a feira desde criança e se impressionou com a ampliação. “Tantas vezes eu deixei de vir aqui em dias de chuva ou sol quente. Isso muda diante de um ótimo projeto de reforma”, avalia.