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04/10/2022 às 12:35, atualizado em 04/10/2022 às 20:12
Trechos de contrato remanescente entram em fase de conclusão e acabam com enxurradas em área da cidade
Brasília, 10 de agosto de 2022 – As obras nos trechos que faltavam para que a rede de drenagem das ruas 4, 4A, 5, 6 e 12, em Vicente Pires, possa, finalmente, começar a operar, continuam em execução. A obra remanescente é uma das últimas etapas do projeto de infraestrutura e urbanização, iniciado em 2019 pelo Governo do Distrito Federal (GDF), e vai pôr fim às enxurradas e alagamentos em um dos pontos mais problemáticos da cidade.
A meta é que tudo fique pronto antes do período de chuvas, previsto para outubro. A maior parte desse canal de captação de águas das chuvas já estava pronta, porém impedida de funcionar por falta de interligação em alguns trechos. O retardo na conclusão ocorreu pelo abandono de duas empresas executoras do contrato e pela desautorização de moradores de obras em dois condomínios por onde a rede passaria até desaguar nas lagoas construídas para receber as águas pluviais – uma da Rua 3 e a segunda do outro lado da Estrutural.
Por fim, uma nova empresa foi contratada e as áreas residenciais liberadas para que a interligação dos canais fosse construída, além de pavimentação das ruas e colocação de meios-fios. “Os pontos críticos do passado vão estar resolvidos e, já nos próximos meses, a rede estará completa para plena captação das águas das chuvas e o seu transporte subterrâneo até as bacias de contenção”, informa o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
Engenheiro fiscal da Secretaria de Obras, Vilmar Azevedo explica que tirar do papel e executar um projeto antigo de infraestrutura de Vicente Pires, feito ainda em 2007, teve muitas complexidades, pois a cidade estava construída e com condomínios já formados.
Além disso, havia pontos da rede de energia elétrica e abastecimento de água e esgoto no caminho dos canais de captação, o que exigia mais ajustes no prazo de execução pelo impacto no remanejamento desses canais. “São redes muito delicadas, grandes, e que passam em condomínios pequenos, com ruas estreitas. Isso fez com que o trabalho fosse ainda mais complexo”, diz Azevedo.
O condomínio onde o contador Elso Ferreira de Melo, 50 anos, mora e é síndico é um dos impactados pelas obras nesta etapa da construção. Os moradores haviam autorizado as intervenções por lá quando a empresa abandonou as obras. Agora tudo está sendo feito e ele, junto aos moradores de mais nove imóveis, está satisfeito com o progresso. “Aquele período de chuvas com carro sendo engolido pelo buraco chamou a atenção do país para a nossa cidade, negativamente. Felizmente, tudo começou a mudar quando as obras de infraestrutura chegaram, trazendo melhorias e deixando de ser um transtorno e uma surpresa as saídas e as voltas para casa”, avalia.